SÃO PAULO – O Santander Brasil lucrou R$ 501 milhões no segundo trimestre deste ano, com queda de 9,73% ante igual período de 2012 e recuo de 17,8% em relação ao primeiro trimestre. O lucro gerencial, que inclui o ágio da aquisição do banco Real, ficou em R$ 1,41 bilhão, com retração de 3,68% em relação ao mesmo trimestre do ano passado e queda 7,2% em relação ao primeiro trimestre deste ano.
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O resultado veio melhor do que o projetado pelo mercado. Analistas consultados pelo Valor estimavam queda no lucro do Santander Brasil para R$ 1,274 bilhão. Vale lembrar que, das instituições privadas, o Santander era o único que ainda não tinha apresentado melhora na qualidade dos ativos ao longo do ano passado, além de estar com a expansão mais fraca da carteira de crédito.
O banco fechou o trimestre com inadimplência acima de 90 dias em 5,2%, alta de 0,4 ponto percentual (p.p.) em 12 meses e queda de 0,6 p.p. em relação ao primeiro trimestre deste ano.
Com isso, as despesas com provisão para devedores duvidosos somaram R$ 3,2 bilhões, valor 15,9% menor do que no mesmo trimestre de 2012 e 5% menor na relação trimestral.
Em 12 meses, a carteira do Santander teve expansão de 6%, para R$ 218,053 bilhões. Segundo dados do Banco Central, a carteira de crédito do sistema cresceu 16,4% no mesmo período. Já a carteira dos bancos privados estrangeiros, caso do Santander, avançou 6,7% em 12 meses terminados em junho, ainda segundo o BC. Ante o primeiro trimestre de 2013, houve alta de 3% da carteira do Santander Brasil.
Expansão do crédito
O impacto cambial na carteira de crédito a grandes empresas do Santander Brasil garantiu o crescimento da carteira total do banco no segundo trimestre. O estoque total de empréstimos do banco no período somou R$ 218 bilhões, uma alta de 6% em 12 meses e de 3% na comparação com o primeiro trimestre deste ano.
O banco explica que a depreciação do real impactou a carteira de crédito em moeda estrangeira, que inclui também operações indexadas em dólar, levando ao aumento da carteira. Desconsiderando o efeito da variação cambial, o crescimento da carteira total seria de 5,1% em doze meses e de 1,8% no trimestre.
A carteira de crédito a grandes empresas avançou 10% em 12 meses, somando R$ 73,2 bilhões em junho. Excluindo o efeito cambial, o crescimento seria de 7,2%. Já a de pequenas e médias empresas cresceu 5,9% na mesma comparação, para R$ R$ 35,5 bilhões.
O apetite para crédito à pessoa física e consumo, por sua vez, é menor. A carteira de pessoa física somou R$ 72,5 bilhões, uma alta de 5% em relação ao segundo trimestre do ano passado. O segmento imobiliário foi o que puxou o segmento, com avanço de 30,6% em relação a junho de 2012, para R$ 13,4 bilhões. Já os segmentos de cartão de crédito e consignado (excluindo o montante de carteira adquirida) cresceram bem menos, 3,2% e 4,1%, respectivamente, em 12 meses.
A carteira de financiamento ao consumo, que é originada fora da rede de agências, totalizou R$ 37 bilhões, uma alta de 0,9% em 12 meses.
Segundo dados do Banco Central, a carteira de crédito do sistema bancário brasileiro cresceu 16,4% em 12 meses terminados em junho. Esse avanço é puxado pelos bancos públicos. Já a carteira dos bancos privados estrangeiros, caso do Santander, avançou 6,7% no mesmo período, ainda segundo o BC.
Fonte: Thais Folego | Valor Econômico
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