
O dia 28 de agosto é um dia de comemorar tantas lutas vencidas e as conquistas de 62 anos de história dos bancários no país. Nesta quarta-feira, 28, diretores, funcionários e assessores do SINDBAN (Sindicato dos Bancários de Piracicaba e Região) decidiram realizar um manifesto em frente à agência do Santander da avenida Carlos Botelho como primeira ação do Dia Nacional do Bancário.
O Santander foi escolhido em função do alto índice de demissões do banco nos últimos 12 meses em todo o país, mesmo divulgando um lucro bilionário. Somente nos seis primeiros meses deste ano, o banco espanhol obteve lucro líquido de R$ 2,9 bilhões. Porém, foram cortados 3.216 empregos nos últimos 12 meses, sendo 2.290 somente no primeiro semestre de 2013. Além disso, as reclamações quanto ao assédio moral tem aumentado drasticamente nos últimos meses. “O Santander é um banco que precisa levar um ‘puxão de orelha’, pois explora demais os funcionários. A prática de assédio moral é constante dentro das agências, principalmente desta, que tem oito funcionários e uma parte deles reclama do assédio. O papel do Sindicato é de lutar pelos bancários e é isso que estamos fazendo aqui”, afirmou o presidente do SINDBAN José Antonio Fernandes Paiva.
De acordo com uma pesquisa realizada pelo Sindicato em maio deste ano, onde os bancários responderam diversos questionamentos sobre o dia a dia de trabalho, dos 205 bancários do Santander da base do Sindicato – 22 cidades –, 39% já sofreram assédio moral. “O banco está obtendo lucros exorbitantes e demitindo de forma absurda seus funcionários. Nem em momentos de crise profunda uma empresa de Piracicaba, por exemplo, demitiria tanto. Isto é um abuso, um desrespeito com os trabalhadores”, salientou.
Paiva acrescentou que o Sindicato está recebendo denúncias de assédio moral na agência do Santander da Carlos Botelho, por isso foi o local escolhido para mais um Dia de Luta dos Bancários. O presidente do SINDBAN enfatiza que os gerentes das agências devem trabalhar com motivação e não pressão sob os funcionários, que gera adoecimento e interfere no rendimento do trabalhador. “Os dados apresentados na nossa pesquisa são alarmantes, demonstram que muitos bancários estão sofrendo com o assédio moral e adoecendo. Segundo pesquisas, 12% da categoria bancária estão adoecidos por causa das metas abusivas. Isso tem que acabar”.
Após uma hora de retardamento na abertura da agência, Paiva informou que o Sindicato cobra do Banco que a gestão de pessoas seja revista, “pois a irresponsabilidade social do banco, do lucro a qualquer preço, não pode continuar”.
Michelle Bottin – SINDBAN
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