Plano de reestruturação é mantido e cerca de 5 mil funcionários podem ser afetados
O lucro anual de 2020 do Banco do Brasil foi de R$ 13,884 bilhões. Comparado ao anterior, de R$ 17,848 bilhões, houve queda de 22,2%. Mesmo com a queda, o movimento sindical vê um lucro consideravelmente alto em um período de pandemia. "Se considerarmos o momento pelo qual o país e o mundo passou, o lucro continua alto e foi satisfatório para os cofres públicos. O que não justifica a decisão de fechamento de agências, demissões e possível privatização do Banco", esclarece Jeferson Boava, presidente da Federação dos Bancários dos Estados de SP e MS.

Lucros
O Banco do Brasil registrou lucro líquido ajustado de R$ 3,695 bilhões no quarto trimestre de 2020, uma queda de 20,1% na comparação com o mesmo intervalo de 2019. Comparado ao terceiro trimestre, houve uma alta de 6,1% no lucro.
O resultado poderia ser ainda maior, se não fosse o impacto causado pelo aumento de 47,6% da Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa (PCLD), influenciada pela antecipação de provisões prudenciais, que somaram R$ 8,1 bilhões. A rentabilidade do banco em 2020, mesmo com a pandemia, foi de 10,4%.
Prejuízo para o atendimento
Ao final de dezembro de 2020, o BB contava com 91.673 funcionários. Uma redução de 1.517 postos de trabalho em doze meses. Ao longo do ano, foram fechados 178 postos de atendimento bancário.
A precarização do atendimento cai sobre as costas dos clientes. Mesmo pagando caro para contar com os serviços do banco. As receitas do BB com as tarifas bancárias e com a cobrança pelos serviços prestados somaram R$ 28,7 bilhões em 2020 e, somente com esse valor, que é irrisório se comparado ao que arrecada com outras transações que realiza, o banco consegue cobrir todas as despesas que tem com os funcionários (salários, PLR e outros) e ainda sobra 32,1% do valor.
Atos
Nesta semana o movimento sindical realizou diversos atos de protesto à reestruturação que prevê o fechamento de 362 unidades de atendimento e a demissão de cerca de 5 mil funcionários.
Na quarta-feira (10) houve paralisação de 24h e negociação com o Banco. No dia seguinte, após Banco do Brasil se mostrar intransigente nas negociações, um novo protesto aconteceu nas redes sociais com as hashtags #MeuBBValeMais e #BBParado.
Nesta sexta-feira (12), a Comissão de Empresa dos Funcionários do BB (CEBB), organizou uma manifestação na Avenida Paulista, em São Paulo, em frente à Torre Matarazzo, na altura 1230, onde ocorria a apresentação dos lucros do BB aos investidores, acionistas e agentes do mercado.
O ato foi apoiado pela Feeb e contou com a participação dos Sindicatos dos Bancários de Campinas e de Santos, que utilizaram equipamentos de som, faixas e fantasias em sinal de indignação à reestruturação articulada pelo presidente Jair Bolsonaro, que além das demissões e fechamento de agências, pode resultar na venda e privatização do Banco.
Confira aqui as próximas ações contra a reestruturação do BB.
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