Comando orienta realização de assembleias até dia 05/09, com indicativo de greve para deflagração até dia 08/09
Assim como as negociações com a Fenaban, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, a quarta rodada de negociação com a Fenacrefi (Federação Interestadual das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento), realizada nesta terça-feira (30), em São Paulo, também terminou sem avanços. Diante deste cenário de intransigência e insensibilidade, o Comando orienta realização de assembleias até dia 05/09, com indicativo de greve para deflagração até dia 08/09.
A reunião discutiu os seguintes tópicos: cláusulas de contratação do ramo, da PLR, licença-paternidade, ausências legais e o parcelamento de férias, todos negados pela representante das financeiras.
Contratações
Com poucos funcionários contratados pelas financeiras e muitos prestadores de serviço, uma das principais reivindicações do movimento sindical é de mais contratações no ramo financeiro. Porém, a Fenacrefi sinalizou que não está aberta à negociação desta cláusula neste momento.
PLR
Financeiras alegaram que o Grupo de Trabalho (GT) de PLR não prosperou no intento de encontrar um modelo de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) satisfatório para ambos os lados e por isso, irão manter a fórmula atual. O GT de PLR, porém, continua. Adiantamento de salário e aumento da parcela adicional da PLR também foram negados.
Licença-paternidade
No que diz respeito à licença-paternidade e ausências legais, a representante das financeiras afirmou que irá aguardar a legislação que está em trâmite. No caso da licença-paternidade especificamente, a Fenacrefi argumentou que muitas instituições financeiras ainda não são cadastradas no Programa Empresa Cidadã.
Parcelamento de adiantamento de férias
A negativa da Fenacrefi a esse quesito foi a embasada pela justificativa de um “possível endividamento do trabalhador”. Porém, a entidade cogitou a possibilidade de parcelar o prazo em dois períodos.
Os Diretores Walmir Gomes da Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul (FEEB/SP/MS) e Vinissio Clemente (Seeb Santos) participaram da reunião.
Proposta rebaixada
“A proposta de reajuste salarial apresentada pelas financeiras (80% do INPC de 9,83%, referente a junho/2016, mais R$ 1.000 de abono) é rebaixada e desrespeitosa. Está distante da reivindicação dos financiários de reposição da inflação, mais 5% de aumento real. A orientação do Comando é de que os sindicatos realizem em suas bases, assembleias até o dia 05/09, com indicativo de greve para deflagração até dia 08/09, com a perspectiva de se unirem aos bancários nas paralisações”, afirma Walmir.
Confira as principais reivindicações dos financiários
Reajuste de 15,31%, composto pela reposição da inflação mais 5% aumento real, Piso Escritório R$ 3.777,93 (valor igual ao salário mínimo indicado pelo Dieese em maio de 2016) e Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários, entre outros. A unificação da data base dos financiários, que em São Paulo é em 1º de junho, com a da categoria bancária também está entre as requisições.
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