Reunião entre COE Itaú e aposentados resultou em proposta para revisão dos custos e condições do plano de saúde; nova negociação com o banco está agendada para 13 de janeiro.
Na última quinta-feira, 19 de dezembro, uma reunião entre os membros da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú e um grupo representativo de aposentados do banco foi realizada para discutir a situação do plano de saúde dos aposentados. O principal tema abordado foi a insustentabilidade dos valores cobrados, que se tornaram inviáveis para muitos após a cessação do benefício de contribuição do banco, garantido pela Convenção Coletiva de Trabalho.
Essa questão está sendo tratada no Ministério Público do Trabalho (MPT), com reuniões que envolvem aposentados, a representação dos trabalhadores, o MPT e o Itaú, sendo que a última ocorreu no dia 3 de dezembro.
Proposta Encaminhada ao Itaú
Durante a reunião, que contou com a participação de membros da COE Itaú de todo o Brasil e um número expressivo de aposentados, foi elaborada uma proposta, já encaminhada ao banco. O Itaú se comprometeu a se reunir com a representação dos trabalhadores novamente no dia 13 de janeiro para discutir as soluções.
Representantes dos bancários ressaltaram a indignação dos aposentados com relação aos altos valores cobrados pelo plano de saúde, especialmente porque, após a aposentadoria, muitos enfrentam dificuldades para manter o benefício, justamente quando mais necessitam de assistência médica. De acordo com os sindicatos, a proposta enviada ao banco busca buscar uma solução justa para esse problema, na expectativa de que, durante a reunião de janeiro, o banco apresente uma resposta favorável.
Reginaldo Breda, Secretário Geral da Feeb SP/MS, reforçou a luta pela defesa dos aposentados
“A mobilização é crucial para que os aposentados possam contar com um plano de saúde justo, com valores acessíveis e adequados à sua realidade. Nosso compromisso é com a defesa dos direitos dos bancários aposentados, para isso, a negociação com o banco Itaú é fundamental para garantir que os aposentados não sejam prejudicados”, ressalta.
Pontos da Proposta
- Garantir que os aposentados tenham os mesmos direitos que os funcionários ativos, com os mesmos critérios de subsídio e custeio do Banco Itaú Unibanco, da Fundação Itaú Unibanco de Previdência Complementar e da Fundação Saúde Itaú.
- Garantir aos aposentados o acesso ao PLANO ESPECIAL 1 como primeira opção para assistência médico-hospitalar.
- Estabelecer que os reajustes nas contribuições dos planos de saúde dos aposentados sigam os índices INPC ou IPCA, e que os reembolsos de consultas e exames também acompanhem esses índices.
- Garantir aos aposentados e seus dependentes que, por dificuldades financeiras, precisaram se desligar do plano de saúde, a possibilidade de reingresso no plano dentro de um prazo de até 60 dias após a assinatura do acordo.
- Permitir aos aposentados que estão vinculados aos planos Básico, Especial, Executivo, Executivo I, Executivo II e Premium a migração para o Plano Especial I, dentro de um prazo de até 60 dias a partir da assinatura do acordo.
- Garantir aos aposentados a opção de escolher a operadora Porto Seguro Saúde como referência para a assistência médico-hospitalar, uma vez que essa operadora foi contratada pela Fundação Saúde Itaú em 2012. Caso a Porto Seguro não seja viável na localidade, o aposentado poderá optar por outra operadora de referência.
- Prorrogar o benefício do plano de saúde para os funcionários desligados do banco por meio do PDV nos meses de outubro, novembro e dezembro de 2024, enquanto as negociações continuam no MPT.
- Estabelecer que qualquer reajuste no plano de saúde só será aplicado após o fim das negociações no MPT, sem retroatividade.
- Ressarcir aos aposentados os valores cobrados a mais nos últimos cinco anos, com correção conforme a legislação vigente.
- Solicitar a inclusão de uma representação de aposentados no conselho da Fundação Saúde Itaú.
A FEEB SP/MS, juntamente com os Sindicatos, segue firme na defesa dos direitos dos aposentados e continuará acompanhando de perto a evolução das negociações, com a expectativa de que o Itaú adote uma postura mais justa em relação ao plano de saúde.
Editado por Feeb Sp/MS, com informações Contraf/CUT
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