Rede de agências volta a crescer

08.10.2020

Valor Econômico Lucinda Pinto, de São Paulo 18/08/2010 Em meio ao avanço do mundo virtual, onde relacionamentos pessoais, comerciais e financeiros podem ser feitos à distância, os bancos voltaram a reforçar a presença física de sua rede de atendimento. Convencidos de que a proximidade de uma agência pode atrair e, sobretudo, tornar fiel sua clientela, […]

Valor Econômico

Lucinda Pinto, de São Paulo
18/08/2010

Em meio ao avanço do mundo virtual, onde relacionamentos pessoais, comerciais e financeiros podem ser feitos à distância, os bancos voltaram a reforçar a presença física de sua rede de atendimento. Convencidos de que a proximidade de uma agência pode atrair e, sobretudo, tornar fiel sua clientela, os maiores bancos de varejo aceleraram o passo na expansão da rede de agências. Este ano, Bradesco, Itaú Unibanco, Santander e Caixa devem abrir, ao menos, 545 novas agências. A meta era ainda mais arrojada, de 730. Mas a dificuldade de encontrar imóveis, muito disputados em um período de economia aquecida, de concluir as reformas e de contratar profissionais qualificados adiou para o próximo ano uma parte da expansão pretendida. Em 2011, pelo menos mais 735 agências devem ser inauguradas.

O Banco do Brasil informou que não pretende inaugurar agências convencionais, mas 500 postos de atendimento que têm um modelo misto, mais compacto, que aproveita inclusive a estrutura de correspondentes bancários.

A corrida das instituições para marcar posição no mapa geográfico do país ganhou corpo há pouco mais de uma década. E mostrou contornos mais visíveis para quem anda pelas ruas das grandes cidades mais recentemente, especialmente neste ano, como consequência direta do crescimento da economia e ascensão econômica de parte da população.
Segundo o presidente do Instituto de Pesquisa Fractal, Celso Grisi, a rede de agências de bancos de varejo no Brasil cresceu apenas 15% entre 1988 e 2000, saindo de 13.500 para 15.600 unidades no período. Desde então, o ritmo de crescimento se acelerou. Em 2009, o avanço foi de 4,5%, para 20.046. Em 2010, o avanço deve ficar perto de 6%, e pode esbarrar em 10% em 2011, prevê Grisi.
 
O Bradesco, dono de uma rede de 3.500 agências, pretendia inaugurar este ano mais 250 unidades. Ocorre que o banco esbarrou na dificuldade de encontrar prédios adequados e bem localizados. Por isso, irá cumprir apenas parte do planejamento e inaugurará 175 agências. As outras 75 ficarão para 2011. O número significará um avanço de 7%, maior do que a média do mercado. Ao longo do próximo ano, outras 150 unidades do Bradesco devem ficar prontas.
Situação semelhante é a do Santander, que tem como meta a abertura de 600 agências até 2013. O banco esperava que cerca de 180 delas pudessem estar prontas em 2010. Mas atrasos com as reformas dos imóveis reduziram esse número para 120, segundo Robson Rezende, superintendente de expansão de rede. A taxa de crescimento este ano deve ser de 5,70% sobre a base de 2.100 agências. Em 2011, devem ser abertas mais 210 unidades. Em 2008, o Santander inaugurou 50 agências e, em 2009, oito.
 

O Itaú, com 4.980 agências, quer mais 150 unidades. O banco colocou em operação 132 agências em 2008 e 32 em 2009. Já a Caixa deve abrir 100 agências neste ano. A meta anterior era maior, de 200. Com mudanças no modelo de atendimento, o processo foi desacelerado. Para 2011 estão previstas 300 novas agências. A Caixa tem hoje 2.092 unidades.

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