Representantes dos empregados cobram da Caixa fim da punição do Programa de Qualidade de Vendas (PQV)

22.05.2023

Negociação entre trabalhadores e banco reforçou pedido de valorização e respeito aos trabalhadores  Na última sexta-feira (19), em encontro ocorrido em Brasília, representantes da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) cobraram da Caixa Econômica Federal, a exclusão do caráter punitivo do Programa de Qualidade de Vendas (PQV). “Reforçamos os descontentamento dos bancários com a nova versão […]

Negociação entre trabalhadores e banco reforçou pedido de valorização e respeito aos trabalhadores 

Na última sexta-feira (19), em encontro ocorrido em Brasília, representantes da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) cobraram da Caixa Econômica Federal, a exclusão do caráter punitivo do Programa de Qualidade de Vendas (PQV).

“Reforçamos os descontentamento dos bancários com a nova versão do PQV, que apresenta caráter punitivo aos empregados que tiverem vendas de produtos cancelados. Cobramos a imediata exclusão da penalidade. Além disso, fortalecermos a importância da valorização e do respeito ao trabalhador”, explica Tesifon Quevedo Neto, representante da Federação dos Bancários dos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul (Feeb SP/MS).

Como representantes do banco estiveram presentes o vice-presidente de Gestão de Pessoas, Sérgio Mendonça, o diretor de Pessoas, Daniel de Castro Borges e dirigentes da Diretoria de Integridade.

A negociação é a primeira que ocorre com a atual gestão e após a retomada da Vipes no âmbito do banco público, extinta durante a gestão de Pedro Guimarães e retomada pela nova administração após reivindicação dos empregados.

O movimento sindical também defendeu a necessidade de uma área específica de gestão de pessoas. De acordo com os representantes dos empregados, esta é uma área imprescindível, tanto para o processo de reconstrução da Caixa, como para o cuidado com os trabalhadores.

Negociação   

Logo na abertura da rodada de negociação foi reforçada a importância da mesa para o debate a necessidade do fórum ser o principal canal para o diálogo entre empregados e banco.

A representação dos empregados foi unânime ao considerar o Programa de Qualidade de Vendas inaceitável. “As metas são abusivas. Precisamos por meio da união e do posicionamento da categoria, lutar pelo fim da cultura do assédio. Não podemos incentivar o trabalhador a forçar venda para os clientes. O banco tem que parar com a política de fazer com que o trabalhador bata metas a qualquer custo. A saúde e bem estar físico e emocional dos trabalhadores deve vir em primeiro lugar. É urgente que o banco olhe com mais humanismo para o trabalhador”, reforça Neto.

Em negociação, também foi ressaltada a falta de coerência em proibir os trabalhadores de participarem de Processos de Seleção Interna (PSI) e usar de ameaças para intimidar os bancários da rede, como sugere o novo PQV divulgado pelo banco.

Em relação à questão do assédio moral e sexual, especificamente, os dirigentes cobraram um espaço específico para tratar do tema que atinge hoje a imagem do banco público, sendo causa de grande parte do adoecimento de empregadas e de empregados. Trabalhadores reforçaram, também, o pedido de fechamento de um calendário de negociações, com cronograma de debates para que as reivindicações da categoria avancem no rumo de propostas minimamente decentes. O objetivo é fortalecer o DNA público e social da Caixa.

Demais pautas

Na ocasião, mesmo sendo uma reunião de pauta específica, os representantes dos empregados lembraram a necessidade de avanços nas reivindicações apresentadas pelos trabalhadores. Para o trabalhador é urgente a adoção de medidas que viabilizem a solução de problemas estruturais deixados pelas últimas gestões da Caixa. Fatiamento do banco em subsidiárias, sucateamento das áreas de infraestrutura e dos equipamentos e mobiliários são “entulhos autoritários” que também precisam ser revistos.

Outras reivindicações: 

– fim do teto de gasto do Saúde Caixa, bem como a melhoria do plano;
– valorização da Universidade Caixa com volta dos cursos presenciais;
– processos seletivos internos transparentes, democráticos e abertos a todos;
– home office com cumprimento efetivo da legislação sendo prioridade aos empregados com deficiência e aos empregados com filhos ou criança sob guarda judicial até 6 anos (art Art. 75-F CLT);
– jornada reduzida para os pais de filhos PCDs (analogia a Lei nº 8.112/90);
– rediscussão do PCS, ESU;
– retorno das Gipes, bem como áreas de apoio aos empregados (descentralização – com uma por estado);
– fim das funções por minuto, com efetivação dos empregados que executam hoje essas atividades;
– fim do banco de horas negativo e dotação orçamentária necessária para as horas extras;
– reparações aos empregados perseguidos na gestão anterior.


Vice-presidente de Pessoas se pronuncia

No fim do encontro, depois de ouvir as demandas apresentadas pelos representantes dos empregados, Sérgio Mendonça ressaltou a importância da Caixa, “uma espécie de joia da coroa do Brasil, por ser um banco público muito relevante em termos sociais e econômicos”. O vice-presidente de Pessoas reiterou que o compromisso da atual gestão do banco é de diálogo permanente com as empregadas e os empregados, para evitar que saiam programas sem conversar com as representações dos trabalhadores. “Nosso compromisso, portanto, é fazer o diálogo de forma transparente e de boa fé. Vamos procurar dar as respostas em curtíssimo espaço para as demandas apresentadas”, complementou.

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