Lucro do Itaú Unibanco atinge R$ 6,4 bilhões no 1º semestre, alta de 39,6%
TONI SCIARRETTA
DE SÃO PAULO
O Itaú Unibanco, maior banco privado brasileiro, encerrou o primeiro semestre com lucro líquido de R$ 6,4 bilhões, com rentabilidade anualizada de 24,4% sobre patrimônio líquido médio, segundo comunicado ao mercado desta terça-feira. Em relação ao mesmo período de 2009, a alta foi de 39,6%.
No primeiro trimestre, o lucro da instituição tinha sido de R$ 3,23 bilhões.
A carteira de crédito do Itaú Unibanco atingiu R$ 296,2 bilhões em junho, 11,4% mais do que no mesmo período de 2009.
Os maiores crescimentos no crédito foram dos segmentos de financiamento imobiliário, com R$ 10,5 bilhões (47,7%), pessoa física, com R$ 107,2 bilhões (12,8%), na comparação com o ano anterior.
O crédito a empresas no período foi da ordem de R$ 160,6 bilhões.
Os ativos consolidados do banco somaram R$ 651,6 bilhões em 30 de junho.
De acordo com os resultados divulgados, os recursos próprios livres, captados e administrados totalizaram R$ 904,2 bilhões, com crescimento de 11% quando comparados a 30 de junho de 2009.
Como no caso do Bradesco e Santander, o aumento no lucro do Itaú Unibanco se deve basicamente à retomada das operações de crédito, além da necessidade menor de fazer provisões para cobrir perdas com inadimplência.
As cotações das ações preferenciais do Itaú Unibanco valorizaram 16,5%, quando comparadas às cotações de 30 de junho de 2009.
Bradesco encerra semestre com lucro 16% maior, de R$ 4,6 bilhões
TONI SCIARRETTA
DE SÃO PAULO
Terceiro maior banco brasileiro, o Bradesco abriu nesta quarta-feira a temporada de resultados financeiros do primeiro semestre do setor bancário com lucro líquido de R$ 4,602 bilhões, já descontando os efeitos extraordinários como venda de participações em empresas e provisões para perdas com planos econômicos.
O resultado é 16,4% maior do que o apurado no primeiro semestre de 2009, período subsequente à crise global em que os bancos brasileiros foram mais seletivos no crédito.
Segundo Luiz Carlos Trabuco Cappi, presidente do Bradesco, o crescimento no lucro se deve, basicamente, à recuperação das operações de crédito e a uma menor necessidade de separar recursos para cobrir eventuais perdas com inadimplência.
A carteira de crédito somou R$ 244,788 bilhões, volume 15% maior do que no primeiro semestre de 2009, refletindo o aumento da base de clientes.
Segundo o Bradesco, os empréstimos para pessoa física cresceram 20,7% no período, enquanto os créditos para empresas tiveram aumento de 12%. O destaque ficou para o financiamento de pequenas e médias empresas, que teve expansão de 21,4%.
Trabuco afirmou que a inadimplência recuou para 4%, patamar esperado apenas para o final do ano. "Daqui para a frente, achamos que haverá uma acomodação. Não há espaço para redução de 0,4 ponto todo trimestre", disse.
Com a melhora da economia, desde dezembro o Bradesco tem reduzido o volume de provisões para calote passou de R$ 8,5 bilhões, em dezembro, para R$ 7,6 bilhões em junho. Apesar da redução, o banco manteve constante um "colchão" de provisão adicional (acima do necessário) de R$ 3 bilhões, para se precaver contra eventuais reversões no cenário. "Não achamos que isso vai acontecer", disse.
De acordo com o banco, o lucro é composto por R$ 3,198 bilhões provenientes das atividades financeiras, correspondendo a 69% do total, e por R$ 1,404 bilhão gerados pelas atividades de seguros, previdência e capitalização, representando 31% do total.
Em 30 de junho de 2010, o valor de mercado do banco era de R$ 87,9 bilhões, ressaltando que as ações preferenciais valorizaram-se 10,3% nos últimos 12 meses. Os ativos totais em junho registraram saldo de R$ 558,100 bilhões, crescimento de 15,7% em relação ao mesmo período de 2009. O retorno sobre os ativos totais médios foi de 1,7%.
Lucro do Santander no Brasil dobra no 1º semestre e atinge R$ 2 bi
TONI SCIARRETTA
DE SÃO PAULO
O banco Santander Brasil, que engloba as operações do antigo Banco Real, terminou o primeiro semestre com lucro líquido de R$ 2,02 bilhões, o dobro do apurado no mesmo período do ano passado.
Como no caso do Bradesco, o aumento do lucro do Santander se deve basicamente à retomada das operações de crédito, que cresceram 9,9% na comparação com o primeiro semestre de 2009, com destaque para o aumento no crédito pessoal (23,6%) e no cartão de crédito (24,8%).
"O resultado bom foi fruto do aumento da carteira de crédito. A demanda de crédito que vem junto com o crescimento da economia. Isso, junto com a redução das perdas, explica esse crescimento nos lucros", disse Fabio Barbosa, presidente do Banco Santander.
O acréscimo na carteira de crédito para consumidores (13,2%) foi superior ao contabilizado para empresas (8,9%). O semestre foi marcado por forte expansão do crédito nos bancos privados, que reduziram a concessão de empréstimos por conta da crise no ano passado.
Maior banco da zona do euro, o Santander teve lucro líquido de 4,445 bilhões de euros no mundo, valor 1,6% menor do que o registrado no primeiro semestre de 2009.
Sozinho, o Brasil contribuiu com 22% do lucro global do Santander, mesmo patamar da Espanha, país de origem do banco. "Se continuar essa tendência de crescimento, o Brasil pode passar a Espanha na geração de resultados para o banco", disse.
HSBC duplica lucro para US$ 6,7 bi no primeiro semestre de 2010
DA FRANCE PRESSE, EM LONDRES
O banco britânico HSBC anunciou nesta segunda-feira que duplicou seu lucro líquido no primeiro semestre de 2010, com ganhos de US$ 6,763 bilhões, e reduziu quase na mesma proporção seus encargos para créditos de risco, a US$ 7,523 bilhõe.
Estas cifras superaram as expectativas dos analistas, que esperavam lucros antes dos impostos (Ebitda, na sigla em inglês) no valor de US$ 9,3 bilhões, ao invés dos US$ 11,1 bilhões anunciados pelo HSBC.
O HSBC indicou que sua atividade na América do Norte obteve um benefício antes do imposto no primeiro semestre, saindo desse modo de um período de três anos de perdas vinculadas à crise de créditos "subprime" nos Estados Unidos.
A Europa contribuiu amplamente para o bom resultado do banco com o Ebtida de US$ 3,521 bilhões, alta de 31,7%.
As cifras foram mais moderadas na América do Norte ( alta de 4,4%, US$ 492 milhões), na América Latina ( acréscimo de 8%, US$ 883 milhões) e Oriente Médio ( elevação de 3,1%, US$ 346 milhões).
Lucro do Daycoval cresce 66,7%, para R$ 64,2 milhões no trimestre
SÃO PAULO – O Banco Daycoval encerrou o segundo trimestre com lucro líquido de R$ 64,2 milhões, o que representa uma evolução de 66,7% frente aos R$ 38,5 milhões obtidos no mesmo trimestre de 2009 e de 17,6% na comparação com os R$ 54,6 milhões do trimestre anterior
A instituição, especializada em crédito a pequenas e médias empresas e em crédito consignado, atribuiu o resultado ao crescimento das receitas das operações de crédito e à redução das despesas de provisão para devedores duvidosos.
O retorno sobre o patrimônio líquido médio (ROAE) alcançou 16%, acima dos 13,6% do primeiro trimestre e dos 9,85 do segundo trimestre.
O resultado da intermediação financeira somou R$ 154,4 milhões, alta de 43,0% frente ao segundo trimestre de 2009 e avanço de 23,6% sobre os primeiros três meses de 2010.
O total de ativos aumentou 42,2% em um ano e 15,5% na comparação trimestral, para R$ 8,813 bilhões, "refletindo a contínua melhora do ambiente dos negócios, o que motivou o crescimento da carteira de crédito e das aplicações interfinanceiras de liquidez", disse o banco em comunicado.
As operações de crédito permanecem como principal ativo, representando 48,2% do total. A carteira de crédito atingiu um saldo de R$ 4,786 bilhões em 30 de junho, o que representa um crescimento de 31% frente à posição de junho de 2009 e alta de 11,8% em relação a março. Os créditos para pequenas e médias empresas responderam por R$ 2,997 bilhões da carteira. O consignado respondeu por R$ 1,238 bilhão.
A relação entre provisões e o total da carteira de crédito recuou de 7,5% no segundo trimestre de 2009 para 3,4% no mesmo trimestre deste ano. No primeiro trimestre, o índice estava em 4,5%. O segmento de middle market foi o que mais contribuiu para o recuo, caindo de 4,0% no primeiro trimestre para 2,9% no trimestre seguinte. Já as carteiras de consignado e veículos permaneceram praticamente estáveis, com índices de 2,2% e 12,7%, respectivamente.
O Daycoval constituiu R$ 29,5 milhões em provisões para devedores duvidosos (PDD) no trimestre, 22% a menos do que os R$ 37,8 milhões provisionados no trimestre anterior. Com isso, o saldo final de PDD foi de R$ 153,3 milhões, 12,7% abaixo dos R$ 175,6 milhões de março e 38,5% menos que os R$ 249,2 milhões de junho de 2009.
O Índice de Basileia do Daycoval recuou de 27,2% em março para 22,3% em junho. "Essa redução do Índice de Basileia se deve basicamente, ao aumento da carteira de crédito e pagamento de dividendos. O banco vem mantendo, dessa forma, a compatibilidade do capital com a estrutura de ativos", disse a instituição no comunicado sobre o balanço.
Lucro do Citigroup cai 37%, para US$ 2,7 bi, no 2º trimestre
DA REUTERS, EM NOVA YORK
O Citigroup registrou lucro de US$ 2,7 bilhões no segundo trimestre, queda de 37% ante o mesmo período do ano anterior, afetado por receita menor na unidade de banco de investimentos.
O terceiro maior banco dos Estados Unidos teve um lucro de US$ 0,09 por ação, contra US$ 4,28 bilhões, ou US$ 0,49 por ação um ano antes.
Analistas esperavam em média US$ 0,05 por ação, antes de itens especiais, segundo a Reuters Estimates.
Até o fim de quinta-feira as ações da instituição acumulavam alta de 26% este ano, enquanto o setor bancário nos Estados Unidos como um todo subiu 17%.