Ednéia Silva | Jornal da Cidade
Os bancários devem cruzar os braços a partir desta quinta-feira (19) em todo o país. A paralisação deve atingir bancos públicos e privados. A greve foi aprovada pelos trabalhadores em assembleias realizadas na quinta-feira (12). Em Rio Claro, a decisão em favor da paralisação foi quase unânime, com apenas uma abstenção.
A diretora do Sindicato dos Bancários de Rio Claro e Região, Silvana Anaruma, explica que a greve começa a partir da zero hora de quinta-feira (19). Segundo ela, a categoria decidiu cruzar os braços depois que a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) fechou as negociações com o Comando Nacional de Greve após apresentar proposta de 6,1% de reajuste salarial. O índice foi rejeitado pelo comando na mesa de negociação e propôs nova reunião, mas a Fenaban afirmou que essa proposta era final.
A categoria reivindica reajuste de 11,93% (5% de aumento real mais inflação), PLR de três salários mais R$ 5.553,15, entre outros benefícios. Nesta quarta-feira (18), os bancários realizam nova assembleia para discutir a organização do movimento grevista.
Em nota, a Fenaban disse que, ao longo de 20 anos, a convenção coletiva de trabalho dos bancários evoluiu “de forma significativa, resultando numa valorização constante do processo de negociação, que a diferencia e a torna única em relação a outras categorias profissionais”.
A entidade alega que propôs redução de 60 para 45 dias o prazo para apuração de questionamentos que levam a conflitos de trabalho. Também sugeriu a criação de dois grupos de trabalho, um para analisar as causas de afastamento e outro para discutir a jornada de trabalho.
Quanto às questões econômicas, a Fenaban apresentou proposta de 6,1% que, segundo a entidade, corrigirá salários, pisos e benefícios. A federação ressalta que o piso da categoria subiu mais de 75% nos últimos sete anos e os salários foram reajustados em 58%, ante uma inflação de 42% (INPC). Para a Fenaban, o momento atual exige cautela porque a economia está num ritmo mais lento. Portanto, destaca, é hora de “preservar conquistas e não aumentar custos”. A Fenaban conclui dizendo que se mantém aberta a negociações.
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