
Feeb acompanha decisões e defende bancários
O impacto causado pela notícia divulgada ontem, 09, pelo site do jornal Folha de São Paulo, seguido das demissões do banco Santander, levou a Comissão de Organização dos Empregados (COE) a reunir-se nesta quarta-feira (10) para discutir a situação. De acordo com a representante da Federação dos Empregados em Estabelecimentos Bancários dos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, Patricia Bassanin, diretora do Sindicato de Campinas, a notícia foi negada, porém hoje, novas demissões foram registradas.
“Temos informações de que nenhum banco, no Brasil ou no mundo, demitiu funcionários em plena pandemia. O Santander está na contramão da história, em completo desrespeito às pessoas que diariamente contribuem para o crescimento econômico da instituição”, comenta.
De acordo com a bancária, no primeiro trimestre deste ano, o banco lucrou R$ 3,9 bilhões; aumentou 10,5% em comparação ao mesmo período do ano passado.
Segundo o conteúdo divulgado pela Folha de S. Paulo, o banco espanhol já iniciou processo de demissão, que prevê o corte de 20% do quadro de trabalhadores. Em comunicado interno, o Santander negou as demissões. Em nota ao jornal, diz que a "informação não é verídica”. No entanto, afirma que o compromisso em não demitir durante a crise sanitária tinha validade de 60 dias, com prazo encerrado no final de maio.
Dia de Luta
Diante da situação, um Dia de Luta foi agendado para a próxima terça-feira, dia 16 de junho. O objetivo é mobilizar o máximo de pessoas possíveis por meio das ferramentas digitais em sinal de protesto contra a atitude do banco espanhol. “Convidamos todos os sindicatos e bancários a se unirem e protestarem contra a irresponsabilidade social praticada pelo banco em tempo de plena pandemia”, protesta Patricia. O protesto ocorrerá em todas as redes sociais durante todo o dia.
“Havia um compromisso assumido com o Comando Nacional dos Bancários, no último dia 24 de março, que garantia os empregos durante a pandemia do novo coronavírus. O Santander rompeu com esse compromisso, o que caracteriza irresponsabilidade e desprezo aos trabalhadores”, completa.
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