
Valor representa queda de 46,6% em 12 meses, comparado ao último trimestre de 2022, lucro registrou aumento de 26,7%
O banco Santander informou ontem (25) Lucro Líquido Gerencial de R$ 2,14 bilhões no primeiro trimestre de 2023. O valor representa queda de 46,6% em relação ao mesmo período do ano passado e reflete o crescimento de provisões para créditos de liquidação duvidosa (PDD), que mais que dobraram em 12 meses (+120,1%), totalizando R$ 10,85 bilhões no trimestre.
De acordo com análise dos destaques do balanço do Santander, realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o aumento da PDD se deu, em grande medida, em razão do caso Americanas S.A.. Em janeiro a empresa divulgou rombo bilionário, sendo o Santander um dos credores mais afetados.
Apesar disso, o lucro obtido pelo Santander no Brasil representou 18,2% do seu lucro global, que foi de € 2,571 bilhões (alta de 13% em doze meses). Também nesse período, o Patrimônio Líquido (ROE) do banco ficou em 10,6%, decréscimo de 10,1 pontos percentuais (p.p.) ao longo de um ano.
A holding Santander encerrou o primeiro trimestre com 53.556 empregados e saldo de abertura de 561 postos de trabalho em doze meses.
Crédito
A Carteira de Crédito Ampliada do Santander no país teve alta de 12,3% em doze meses, somando R$ 586,4 bilhões, e de 1,9% no trimestre, atingindo R$ 536,5 bilhões. As operações com pessoas físicas cresceram 8,4% em doze meses, representando 45,7% do saldo total das operações de crédito do banco. Já o saldo das grandes empresas aumentou 18,8% no período, pequenas e médias empresas registraram crescimento de 6,9% e o financiamento ao consumo, de 1,4%.
O Índice de Inadimplência superior a 90 dias ficou em 3,2% no trimestre, com alta de 0,3 p.p. em comparação ao primeiro trimestre de 2022. Todos os segmentos apresentaram crescimento na comparação anual, com destaque para as carteiras de consignado (+14%), imobiliário (+7%) e veículos (+4%).
Veja abaixo a tabela resumo do balanço do Santander, ou leia aqui a íntegra da análise elaborada pelo Dieese.
Contraf, com edição Feeb SP/MS
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