São José dos Campos: Banco Santander transfere gerente após denúncias de assédio moral

09.05.2016

Em 17 de março de 2016, o Sindicato, paralisou as atividades da Agência 0190- Jacareí/Centro, devido a denúncias de assédio moral. As denúncias foram encaminhadas ao Ministério do Trabalho e para a Diretoria de Relações Sindicais do Banco Santander. Foram exigidas providências, uma vez que as tentativas de conversa com os gestores não solucionaram o […]

Em 17 de março de 2016, o Sindicato, paralisou as atividades da Agência 0190- Jacareí/Centro, devido a denúncias de assédio moral.
As denúncias foram encaminhadas ao Ministério do Trabalho e para a Diretoria de Relações Sindicais do Banco Santander. Foram exigidas providências, uma vez que as tentativas de conversa com os gestores não solucionaram o caso.

Após apurar as inúmeras denúncias relatadas pelos funcionários da agência, o Departamento de Relações Sindicais do Banco decidiu transferir a gerente envolvida e garantiu ao Sindicato que a conduta dela será acompanhada nos próximos meses.

Entenda o caso

Funcionários da agência relataram através do canal “Denuncie”, no site do Sindicato, estarem sendo monitorados a todo o momento para cumprir as metas diárias. Além disso, eram expostos para os colegas (inclusive com piadas da vida pessoal), eram tratados com palavras de baixo calão e ameaça de demissão o tempo todo.

Caixas estavam sendo submetidos e avaliados pelo cumprimento de metas (prática proibida pelo Banco), dentre outros relatos que deixaram claro a prática de Assédio Moral, pelos gestores da agência.

Após algumas tentativas de dialogo com os gestores para solucionar os problemas, na manhã do dia 17 de março, logo após a paralisação da agência, o Banco Santander, por meio das Relações Sindicais, entrou em contato com a presidência do Sindicato e afirmou o compromisso de solucionar os problemas.

Desfecho do caso

Graças à forte mobilização dos funcionários nos dois dias de paralisação, uma reunião aconteceu no dia 20 de março com a Diretora de Relações Sindicais Fabiana Ribeiro, que se comprometeu a apurar os fatos com a máxima urgência. Já no dia 25 de março, o RH enviou uma funcionária para entrevistar os funcionários que não se acovardaram e relataram o assédio que estava ocorrendo na agência.

No dia 02 de maio, o Departamento de Relações Sindicais, informou que a gerente foi transferida e que sua conduta será acompanhada pelo RH nos próximos meses.
“Saímos vitoriosos neste caso, graças à união e força dos funcionários que não se acovardaram e apoiaram o Sindicato nesta luta. Sabemos que tomar a decisão de denunciar não é uma tarefa fácil, mas temos observado que os Bancos tem solucionado os casos em que o funcionário decide enfrentar sem medo esse problema que tanto aflige nossa categoria”, disse o presidente do Sindicato, Geraldo Soares dos Santos.

Assédio Moral é CRIME

Além de ser crime, assédio e abuso moral no trabalho causam problemas aos trabalhadores, comprometendo tanto sua saúde física quanto a psíquica.
De acordo com o artigo 203 do Código Penal – Coagir moralmente empregado no ambiente de trabalho, através de atos ou expressões que tenham por objetivo atingir a dignidade ou criar condições de trabalho humilhantes ou degradantes, abusando da autoridade conferida pela posição hierárquica.
Pena – detenção de 1 (um) a 2 (dois) anos e multa.

Assédio Moral, a violência invisível

Segundo o promotor de justiça Dr. Ricardo Antonio Andreucci, o assédio moral “é capaz de resultados mais devastadores que a guerra e que a violência que assola o cotidiano das grandes cidades”. Para ele, o assédio moral é capaz de destruir um ser humano sem que haja uma gota de sangue sequer e sem qualquer gesto brutal contra um individuo, utilizando apenas o que se convencionou chamar de violência invisível, aniquilando moral e psiquicamente suas vítimas.

Essa violência invisível, devastadora, perversa e aparentemente insignificante se desenvolve através de gestos, palavras, ações ou omissões que instituem um processo que pode ter lugar na família, nas relações entre casais, nas empresas privadas e, inclusive, no serviço público, traduzindo-se em um mesquinho mecanismo de manipulação doentia, deixando a vítima incapaz de reagir e de perceber o alcance da destruição que a atinge.

E apesar de todas as informações dos prejuízos que tal violência gera a vida dos trabalhadores, agentes do assedio moral, perversos, se proliferam dentro da categoria bancária.

Observamos que em alguns Bancos, esta prática se mantem como se fizesse parte da normativa interna, funcionários relatam através de denúncias que os agentes do assedio moral continuam violentando seus funcionários, acreditando que a pressão gerada contra o trabalhador resulte no cumprimento das metas e não no adoecimento do bancário.

BANCÁRIO! Se você é vitima desta prática DENUNCIE ao Sindicato pelo canal em nosso site: www.sjcbancarios.com.br, precisamos da sua participação para por fim a essa pratica que assedia e adoece os trabalhadores.

Fonte: Imprensa Seeb São José dos Campos
 

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