
Debate foi sediado na Alesp e contou com a participação do representante da Feeb SP/MS, Gustavo Frias
A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) sediou, esta quinta-feira (14), o debate sobre a Lei Nacional de Segurança Bancária, em uma audiência pública solicitada pelo deputado Luiz Claudio Marcolino (PT). Durante o debate foram discutidas novas tecnologias e plataformas digitais com a finalidade de promover reforços à segurança bancária.
Entre convidados para a mesa de discussão esteve o representante da Federação dos Bancários dos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, membro da mesa temática de Saúde e Segurança do Trabalho, Gustavo Frias. O debate incluiu também a presença de especialistas e profissionais da área.
De acordo com o deputado responsável pela iniciativa, as inovações decorrentes do surgimento das agências virtuais precisam ser seguidas por modernizações das leis, visando garantir e preservar a vida do bancário e do cliente”, disse Marcolino.
O diretor de relações institucionais e trabalhistas sindicais da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Adauto Duarte, também presente no evento, falou sobre as mudanças organizacionais de segurança são geracionais, a importância de serem revistas com o passar do tempo e exemplificou o aumento dos golpes online, devido ao uso frequente de ferramentas digitais. “A segurança tem que ser sempre uma prioridade”, destacou Adauto ao reforçar ao reiterar a importância do planejamento na implementação de dispositivos que podem ser usados para aumentar ou reduzir a segurança das agências no cenário atual.
Saúde mental
O representante da Feeb SP/MS, Gustavo Frias, falou sobre o tema saúde mental dos funcionários e usuários do sistema financeiro. Durante sua explanação, Frias destacou a realidade enfrentada pelos bancários e citou sequelas causadas por roubos ocorridos nas agências bancárias. De acordo com o representante, episódios assim ocasionam um estresse pós-traumático muitas vezes irreversível.
“É uma realidade muito difícil enfrentada pelos bancários todos os dias, além da questão da violência dos assaltos, tem também casos de sequestros de gerentes e funcionários do banco. É uma preocupação constante, por isso apoiamos a promoção deste espaço para os debates e esperamos que acrescente para a mudança da realidade e melhoria das condições para o bancários, de modo que traga para o seu trabalho qualidade e tranquilidade”, falou.
A diretora geral da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito de São Paulo (Fetec), Ana Lucia Ramos, falou sobre a necessidade do vigilante nos espaços para minimizar e prevenir violências físicas e psíquicas: “Segurança bancária não é gasto, é investimento”, disse a diretora.
Frias pontuou, ainda, a necessidade de melhoria no atendimento oferecido pelo banco pós-assalto. De acordo com o dirigente, muitas são as situações em que o bancário nunca mais se recupera, “Se vemos ainda hoje notícias de assaltos e mortes é porque o sistema ainda falha e precisamos conversar para chegar a uma solução”, pontual. O representante enxerga a prevenção como principal. “Devemos investir na prevenção para que eventos traumáticos que ainda acontecem todos os dias no Brasil deixem de acontecer e vidas sejam poupadas”, finaliza Frias.
Fotos: Susan Araújo – Assessoria parlamentar Alesp.
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