A subsede da CUT em Campinas realizou na manhã desta terça-feira, 28 de abril, Dia Internacional em Memória às Vítimas de Acidentes de Trabalho, ato público na Praça Rui Barbosa (atrás da Catedral), com distribuição de folheto alusivo a data. O ato contou com a participação de representantes dos sindicatos Sinergia, Sindae, SindPq, Alimentação de Mogi Mirim e bancários.
LER e transtornos mentais adoecem bancários
Comemora-se em 28 de abril o Dia Internacional em Memória às Vítimas de Acidentes de Trabalho; entre elas, a categoria bancária. Em 2014, foram emitidas 122 Comunicações de Acidentes de Trabalho (CAT), em Campinas e cidades da Região, segundo levantamento do Departamento de Saúde do Sindicato. Desse total, 83 (68%) foram emitidas pelos bancos e 39 (32%) pelo Sindicato. As 39 CATs emitidas pelo Sindicato registraram apenas duas moléstias: LER (Lesões por Esforços Repetitivos) e transtornos mentais.
O levantamento do Departamento de Saúde mostra também que as bancárias são as maiores vítimas: do total de 122 CATs, 75 (61%) são de bancárias e 47 (39%) de bancários. Para o diretor do Departamento de Saúde do Sindicato, Gustavo Frias, os números são assustadores, porém é apenas a ponto do ‘iceberg’. “Não bastasse o fato de alguns Bancos se negarem a abrir CATs, temos as subnotificações, que descaracterizam a doença como decorrente do trabalho”. O diretor Gustavo Frias chama a atenção para a importância da emissão de CAT. “É um documento fundamental para o trabalhador, pois comprova o nexo da doença ou acidente com o ambiente de trabalho. Caso o Banco se nega a abrir a CAT, o bancário deve procurar o Sindicato. É um instrumento que garante, preserva os direitos dos trabalhadores”.
Plantão: Diante do alto índice de adoecidos, em decorrência das metas abusivas e assédio moral, o Sindicato instalou Plantão Jurídico para atender especificamente casos de adoecimento no trabalho. Para utilizar o serviço, basta entrar em contato com o Setor de Atendimento e agendar uma consulta jurídica.
Terceirização
O Congresso Nacional aprovou o PL 4330, que legaliza a terceirização no trabalho. A terceirização precariza o trabalho. Uma prova disso é apresentada pelo Dieese. De cada 10 acidentes de trabalho no Brasil, oito acontecem com trabalhadores terceirizados.
Fonte: Sindicato dos Bancários de Campinas e Região
Foto: Júlio César Costa
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