Diretores do Sindicato dos Bancários de Rio Preto e Região realizaram protestos nesta segunda-feira e conseguiu paralisar o atendimento ao público em seis agências do banco HSBC. Ficaram fechadas as agências central na rua Voluntários de São Paulo, nas avenidas Bady Bassitt e Nossa Senhora da Paz e do Plaza Shopping, Olimpia Premier.
As ações fazem parte de um movimento nacional que pede o fim das demissões no HSBC. Segundo Edemilson Favaron, diretor do Sindicato dos Bancários, a previsão é de que o manifesto continue nesta terça-feira e se estenda por toda a semana, caso a diretoria do banco não abra um canal de negociações com o sindicato e se comprometa a suspender as demissões que vem ocorrendo em todas as agências.
A redução do número de funcionários nos bancos tem causado inúmeros transtornos. O diretor cita como exemplo que outro dia um funcionário de uma agência, onde só trabalham três funcionários, ligou ao sindicato para informar que não iria abrir o local porque naquele dia tinha faltado um funcionário e o outro estava de licença médica. “É um absurdo uma agência funcionar só com três funcionários, sem horário para almoçar e até para ir ao banheiro”, afirma Favaron.
Em Curitiba, onde funciona a sede do HSBC, 26 agências e o centro administrativo do banco ficaram fechadas na semana passada, funcionando apenas os serviços de autoatendimento, segundo informações do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região. Situação semelhante ocorrerá nesta semana em diversas cidades.
No ano passado, ainda de acordo com o sindicato, o HSBC fechou 946 postos de trabalho em todo Brasil, demitindo funcionários sem substituí-los. Em Curitiba, houveram 698 desligamentos, sendo 424 sem justa causa.
O HSBC, maior banco da Europa, anunciou na semana passada que deve cortar 14 mil postos de trabalho para economizar US$ 3 bilhões em despesas e aumentar seus índices de rentabilidade nos próximos três anos. Segundo Stuart Gulliver, diretor-executivo do banco, em entrevista para o jornal britânico “Financial Times”, o HSBC pretende reduzir o quadro de funcionários para cerca de 240 mil trabalhadores frente aos atuais 254 mil nesse período.
Desde 2011, o banco dispensou 46 mil funcionários e se desfez de 52 negócios. As medidas resultaram numa redução de custos de US$ 4 bilhões. Nos últimos meses ele vendeu sua unidade no Panamá para o Bancolombia por US$ 2,1 bilhões e sua participação na seguradora chinesa Ping An por US$ 9,4 bilhões. No mês passado, o banco informou que eliminaria 1.150 empregos em suas filiais no Reino Unido.
Fonte: Sindicato dos Bancários de Rio Preto
Notícias Relacionadas
Feeb SP/MS participa de reunião com COE Itaú sobre plano de saúde, mas banco não apresenta avanços
Instituição não respondeu a ofício que solicitava congelamento dos valores e criação de plano especial para aposentados A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú se reuniu com representantes do banco na manhã desta terça-feira (4) para tratar do plano de saúde dos funcionários. A Federação dos Bancários dos Estados de São Paulo e […]
Leia maisBB realiza nova eleição para Caref a partir de sexta (7); Feeb SP/MS apoia Selma Siqueira
Primeira votação foi anulada por problemas técnicos; nova eleição ocorre de 7 a 13 de fevereiro A Comissão Eleitoral, responsável pelo processo de escolha da Conselheira ou Conselheiro de Administração Representante dos Funcionários do Banco do Brasil (Caref), anulou a votação que ocorreu entre 22 e 31 de janeiro por razões técnicas. Com isso, um […]
Leia maisApós mesa de negociação, BB apresenta avanços
CEBB enviou ofício ao banco cobrando manutenção dos salários Depois da mesa de negociação realizada na tarde de sexta-feira (31), o Banco do Brasil anunciou que 3.407 funcionários continuarão atuando e recebendo a comissão de caixa. A Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) destacou que essa conquista é resultado da forte […]
Leia mais