Diretoria participou de manifestação, nesta sexta-feira (12), pela manhã, contra a reestruturação do Banco do Brasil (BB), na Av. Paulista
(Com informações: Sindicato dos Bancários de Santos)
No início da manhã desta sexta-feira (12/2), a diretoria do Sindicato subiu a serra para participar de manifestação contra a restruturação do BB, corte de funcionários, redução de salário, fechamento de agências e realocação de bancários excedentes para qualquer cidade do país.
O protesto, organizado pelo movimento sindical, foi em frente ao prédio que abriga a Área de Relações com Investidores, na Av. Paulista, 1230 – onde o presidente do banco, André Brandão, comentava o lucro do banco naquele momento, 9h da manhã.
Sindicato de Santos e Região protesta contra desmonte do BB na Av. Paulista
“O desmonte do BB se enquadra ao desmonte das empresas públicas nacionais, a implantação do Estado Mínimo, onde o investimento em programas e políticas sociais são mínimas. A entrega do patrimônio da população ao setor privado. Uma política neoliberal onde o rico fica mais rico e o pobre vira miserável. Esta é a política de Paulo Guedes e Bolsonaro. Ao invés de preocupar-se em vacinar a população, Bolsonaro investe na destruição e entrega do Banco Central e outras 15 empresas públicas ao mercado financeiro”, diz Eneida Koury, presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região, presente na manifestação de hoje.
Lucro e desmonte do BB
O Banco do Brasil registrou lucro líquido ajustado de R$ 3,695 bilhões no quarto trimestre de 2020, uma queda de 20,1% na comparação com o mesmo intervalo de 2019. Comparado ao terceiro trimestre, houve uma alta de 6,1% no lucro. O lucro anual do banco foi de R$ 13,884 bilhões.
O último trimestre do ano passado marca o primeiro ‘completo’ sob a gestão de André Brandão, que assumiu a presidência do BB no fim de setembro, veio do HSBC, para desmontar a instituição e entregá-la ao mercado financeiro privado.
Imagem: Fabiano Couto
Sem tempo a perder e com o DNA de banco de investimento, começou a desmontar ainda no fim do ano passado. Na época, emplacou a extinção da primeira estatal do BB, a Bescval, incorporada à instituição em 2008, junto com a aquisição do Banco de Santa Catarina. Essa semana, o banco anunciou o desinvestimento da fatia que detinha na Kepler Weber, empresa de soluções para armazenagem agrícola.
Como o prazo curto, o mercado aguarda uma tração na venda de ativos ao longo de 2021. Neste semestre, o plano é vender a bandeira de cartões Elo e o BV, antigo banco Votorantim, na bolsa, e ainda selar uma parceria internacional com a sua gestora, a BB DTVM. Outra promessa é deslanchar a sociedade com o UBS na área de banco de investimento, mercado aquecido a despeito da pandemia.
Não contente com a venda em partes, a direção do banco (seguindo a política neoliberal do governo) foi além nos planos de ser mais eficiente, seguindo os pares privados. Nesse sentido, anunciou mais um plano de reestruturação que envolve fechar 112 agências, 242 postos de atendimento e sete escritórios; com corte de mais de 5 mil funcionários por meio de programas de demissão voluntária e extinguir cargos para reduzir salários dos funcionários.
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