
Nesta quarta-feira, 17, a diretoria do Sindicato dos Bancários fez o lançamento da Campanha Nacional dos Bancários 2016 nas agências bancárias de São José dos Campos e Jacareí.
Munidos com faixas, banners e o jingle com o slogan da Campanha 2016, “Só a Luta Te Garante”, os dirigentes sindicais convocaram os bancários a participarem do lançamento e divulgarem as reivindicações da categoria.
A diretora de Comunicação e Imprensa do Sindicato, Débora Machado, enfatizou que a pauta não é voltada somente para os bancários, mas também para os clientes, uma vez que lutamos por um melhor atendimento, mais contratações e mais segurança nas agências. “Estamos comunicando à população e à categoria bancária que este é o lançamento da nossa campanha e que as rodadas de negociações já começaram, mas não sabemos como será o desfecho”, diz.
Amanhã, o movimento segue para as cidades de Campos do Jordão e Litoral Norte.
Conheça as principais reivindicações dos bancários:
Remuneração – Os trabalhadores definiram reajuste salarial de 14,78%, o que representa aumento real de 5% mais inflação projetada em 9,31%. A PLR cobrada dos bancos é de três salários mais R$ 8.317,90 de parcela fixa adicional e 14º salário. Para o piso, o salário mínimo do Dieese (R$ 3.940,24). O valor do vale-alimentação e da 13ª cesta reivindicado é de R$ 880. Para o vale-refeição, R$ 40 ao dia.
Emprego – Além do fim das demissões e mais contratações, os trabalhadores querem a promoção da igualdade de oportunidades para todos, o fim das discriminações na contratação, nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, LGBT e pessoas com deficiência (PCDs).
No combate à terceirização no sistema financeiro, a proposta é a suspensão de todos os projetos dos que terceirizam serviços e a criação de uma comissão bipartite, com participação dos sindicatos e dos bancos, para reverter esse quadro e transformar todos os terceirizados em bancários.
Agências digitais – A pauta deste ano contém reivindicações específicas para agências digitais e sobre novas tecnologias. Uma questão fundamental é o acesso dos dirigentes sindicais a essas unidades, que tem sido dificultado pelos bancos. Há denúncias de que os bancários trabalham até oito horas com headset – seis horas é a jornada estabelecida por lei para quem trabalha com teleatendimento. A reivindicação dos trabalhadores é de cinco horas sem redução do salário, inclusive para criação de mais empregos, já que outro grave problema é o volume muito grande de clientes para atender.
Saúde e condições de trabalho – Além da manutenção da luta contra o assédio moral e as metas abusivas, os bancários querem a melhoria nos programas de retorno ao trabalho, participação dos trabalhadores e dos sindicatos nas questões de saúde. A intenção é dar mais transparência no PCMSO [Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional] e acesso às informações dos serviços médicos dos bancos, tanto em relação a exames periódicos quanto a ações preventivas implementadas pelas empresas.
Segurança – Necessidade de portas giratórias nas agências, instalação de biombos nos caixas eletrônicos e o fim da guarda das chaves pelos trabalhadores, além da permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários.
Estratégia – Além da unidade entre trabalhadores de bancos públicos e privados, os bancários aprovaram estratégias de luta conjunta com outras categorias em defesa do emprego, pelo fim das demissões imotivadas, da terceirização, em defesa das empresas públicas. Também dizem não à reforma da Previdência como está apresentada pelo governo interino, à proposta que coloca o negociado sobre o legislado, e vão reforçar a luta em defesa da CLT, do SUS, além da importância de esclarecer a população sobre a alta de juros tão nefasta à sociedade.
Fonte: Bruna Gabriela – Sindicato dos Bancários de São José dos Campos e Região
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