
Trabalhadores foram às ruas de norte a sul do país contra reformas da Previdência, Trabalhista e contra a aprovação da terceirização irrestrita
Nesta sexta-feira (28), trabalhadores de norte a sul do país saíram às ruas para protestar contra as reformas da Previdência Social e a trabalhista (aprovada, na madrugada desta quinta-feira, 27) e contra a liberação da terceirização sem limites. A Greve Geral marcada para o dia de hoje pelas centrais sindicais, fez com que o transporte público (ônibus e metrô), bancos, escolas públicas e privadas, além de expressiva parte do comércio amanhecesse fechado em capitais, como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Porto Alegre e Fortaleza e em várias cidades do país.
Os sindicatos da base da Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul (FEEB-SP/MS) aderiram às mobilizações em suas respectivas cidades, em conjunto com as principais centrais sindicais e demais categorias profissionais, como professores, motoristas e cobradores de ônibus, entre outros.
Os Seebs Andradina, Araçatuba, Campinas, Franca, Guaratinguetá, Lins, Marília, Piracicaba, Ribeirão Preto, Rio Claro, Santos, São José dos Campos, São José do Rio Preto, Sorocaba, Tupã, Votuporanga, Naviraí (MS) e Três Lagoas (MS) estão entre os sindicatos filiados que integraram as manifestações.
Confira abaixo como foi o dia de paralisação nacional em algumas cidades da base da Federação
Em Andradina, a Greve Geral começou com panfletagem em frigorífico da JBS-Friboi às 5h00 da manhã e a diretoria do Seeb participou das manifestações ao longo do dia. Já no centro de Campinas, a greve atingiu mais de 30 agências e departamentos de bancos públicos e privados (Banco do Brasil, Caixa Federal, Itaú, Bradesco, Santander e Mercantil do Brasil); nos bairros Vila Industrial/Av. João Jorge, Bonfim, Castelo, Guanabara, Taquaral e Sousas a paralisação envolveu agências de bancos públicos. No bairro Bonfim, a greve atingiu a agência e prédio do BB, onde estão departamentos como CSO Valores, Gepes, PSO e Escritórios de Negócios. Na região, a greve geral atingiu as agências instaladas no Centro de Americana e Mogi Guaçu. Nos bancos públicos de Paulínia, Nova Odessa, Hortolândia, Sumaré, Artur Nogueira e Indaiatuba. Em Campinas, os ônibus não circularam; os 11 terminais instalados na cidade ficaram fechados; rodovias foram bloqueadas; escolas públicas e privadas, assim como o comércio na área central, fechadas. No final da manhã desta sexta-feira, sindicatos, centrais sindicais e movimentos sociais realizaram ato público no Largo do Rosário e passeata pelo Centro de Campinas, No país, o cenário não foi diferente.
Em Franca, a mobilização teve inicio por volta das 4h da manhã e levou muitos trabalhadores às ruas, que aderiram à greve geral. Na cidade de Marília, a paralisação contou com cerca de 2.500 pessoas e teve fechamento do terminal rodoviário da cidade e não houve circulação de ônibus, assim como, em São José dos Campos: bancos, correios fábricas e comércio. Parou tudo. As mobilizações tiveram inicio por volta das 4h da manhã e a concentração foi na Praça Afonso Pena.
O Sindicato dos Bancários de Piracicaba e Região (Sindban) participou de passeatas e atos públicos nesta sexta-feira, cuja concentração maior aconteceu na agência da Previdência Social localizada na cidade. Em Sorocaba, a mobilização se concentrou na Praça Coronel Fernando Prestes, na região central da cidade, reunindo milhares de pessoas. Muitas não conseguiram chegar, pois estavam na Zona Norte e no bairro do Éden, na zona industrial da cidade. Cidades da região de Sorocaba também integraram a greve geral, realizando manifestações contra as reformas do governo.
Em Tupã e região houve realização de manifestações, nas cidades de Tupã, Osvaldo Cruz, Adamantina e Dracena, envolvendo as entidades sindicais, associações e órgãos das cidades, através da FTA – Frente de Entidades Tupaenses em Defesa da Aposentadoria.
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Para Ana Stela Alves de Lima, presidente do Sindicato dos Bancários de Campinas e Região “a unidade viabilizou a greve geral. Os bancários, mais uma vez, mostraram disposição para a luta. Em outras palavras, a classe trabalhadora deu seu o recado. Para impedir a demolição de direitos sociais, no entanto, serão necessárias novas jornadas de luta”.
“Foi sem dúvida um grande movimento, que obteve o êxito da conscientização da população e das categorias profissionais que estiveram presentes. Será um dia que valerá para todo o restante da vida profissional de cada trabalhador brasileiro”, diz Julio Cesar Machado, presidente do Sindicato dos Bancários de Sorocaba e Região.
Confira na galeria de fotos no Facebook da Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul (FEEB-SP/MS), a mobilização dos sindicatos da base na #GreveGeral que está ocorreu nesta sexta-feira, 28/04, contra as reformas e retrocessos. Para acessar o álbum, clique aqui: http://bit.ly/2pu1GX3
Fonte: Com a participação dos Sindicatos e também Jairo Gimenez (Seeb Campinas) e Juliana Alonço (Seeb Sorocaba)
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