
Práticas adotadas pelo banco como terceirização, redução de remuneração, quebra de direitos e interferência na representação sindical foram protestadas
Nesta terça-feira (30), o movimento sindical realizou nas portas e imediações de agências e unidades administrativas do banco Santander o Dia de Luta em protesto pela prática de terceirizações promovidas pelo banco, que tem aberto empresas para realocar bancários dentro de seu próprio grupo econômico. Como prejuízos, a prática impacta na redução da remuneração e na quebra dos direitos e da representação sindical do trabalhador.
A mobilização foi definida pela representação dos trabalhadores durante reunião da Comissão de Organização dos Empregados (COE) Santander. O protesto inclui paralisação, manifestação, reunião nos locais de trabalho e posicionamento nas redes sociais.
Nos últimos meses o banco demitiu inúmeros funcionários com a justificativa de reestruturação. Diante do contexto, o que se tem visto é a contratação de cargos terceirizados para realizar a função dos bancários, porém com valores e direitos reduzidos. Para o movimento sindical, independente do tipo de contratação os direitos do bancários devem ser preservados e a representação sindical da categoria, mantida.
De acordo com a representante da Federação dos Bancários dos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, Patrícia Bassanin, o ato é importante para levar a informação. “Mesmo que neste momento as contratações estejam ocorrendo nos departamentos é preciso colocar o bancário e a bancária ao par do que está acontecendo e juntos lutarmos para que os direitos do trabalhador não sejam engolidos por um modelo que só é vantajoso para o banco, reduz direitos conquistados há anos como jornada de trabalho, adicional noturno, PLR, vale alimentação, entre outros”, destaca.
Lucros
De acordo com análise do Banco Santander, realizada pelo Departamento Intersindical de Estatísticas Socioeconômicas – DIEESE, nos nove primeiros meses deste ano, o banco apresentou lucros de R$ 12.467 milhões e crescimento de 29,4% com relação ao ano anterior quando o lucro somou R$ 9.684 milhões. A análise chama a atenção para manutenção do forte crescimento do lucro líquido gerencial do terceiro trimestre de 2021, com variação 29,4% em um ano.
Para os analistas, desde o terceiro trimestre de 2020, o lucro já estava acima dos patamares da pré-pandemia. Já no terceiro trimestre de 2021, o banco conquistou o maior lucro trimestral. Com resultado de R$ 4,4 bilhões e alta de 12,5% em relação ao ano anterior, o banco obteve a sua maior rentabilidade no país.
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