
Nesta quarta-feira (07), Sindicatos filiados à Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul (FEEB-SP/MS) promoveram mais um Dia Nacional de Lutas em agências do Banco Brasil em suas bases, contra a reestruturação e desmonte em curso no banco público.
No último dia 20 de novembro, o BB anunciou em informe à imprensa e ao mercado a eliminação de 781 agências, serão 402 e outras 379 serão transformadas em Postos de Atendimento (PA). Além disso, o banco divulgou ainda o lançamento do Plano Extraordinário de Aposentadoria Incentivada (PEAI), que tem como foco cerca 18.000 funcionários aptos à aposentadoria.
A mobilização também é uma resposta ao desrespeito do banco diante da falta de respostas e do festival de negativas à reivindicações apresentadas pela Comissão de Empresa do Banco do Brasil (CEBB) em reunião no último dia 1º, em Brasília.
“Uma reestruturação drástica, que impactará nos trabalhadores que terão cargos e postos de trabalhos extintos, salários reduzidos, entre outros efeitos nocivos e impactará também no atendimento à população, que já se encontra bastante precário devido à falta de funcionários e que irá sofrer uma baixa ainda maior. O Dia Nacional de Luta no BB é uma forma de resistência dos trabalhadores ao desmonte que está sendo executado pela direção do banco”, explica o vice-presidente da FEEB-SP/MS e membro da CEBB, Jeferson Boava.
Confira as atividades realizadas na base da Federação
Campinas
Em Campinas, os funcionários de nove agências e do prédio Bonfim paralisaram os serviços durante os períodos da manhã e tarde. Na semana passada, nos dias 29 e 30 de novembro e no último dia 2, os funcionários de 29 agências instaladas em Campinas e nas regiões de Americana, Amparo, Indaiatuba, Mogi Guaçu, Paulínia, São João da Boa Vista e Valinhos cruzaram os braços contra a operação desmonte anunciada no dia 20 de novembro último, que fecha postos de trabalho e unidades, reduz salários e atendimento à clientes e usuários e intensifica a jornada.
A exemplo do protesto denominado Black Friday BB liquida agências e empregos, realizado no último dia 25, os funcionários usaram hoje (7) roupas e fitas de cor preta. Na região de Campinas a reestruturação vai resultar no fechamento de 23 agências; cinco serão transformadas em postos de atendimento. Na avaliação da diretora do Sindicato dos Bancários de Campinas e Região, Maria Aparecida da Silva (Cida), “o protesto contra o desmonte do BB, novamente, contou com o apoio de clientes e usuários. A população entendeu o objetivo final da reestruturação, que é prejudicial aos funcionários e à sociedade”.
Quem parou: agências Costa Aguiar, Bonfim, Carlos Gomes, Dr. Quirino, Glicério, Cambuí, Taquaral, Paula Bueno e Barão de Itapura; e o prédio Bonfim (onde estão instaladas a GEPES, Escritório de Negócios/digital, Predial, Valores, dentre outros setores).
Franca
Em Franca e Região, o sindicato entregou uma carta aberta à população, denunciando os impactos negativos que os funcionários do Banco do Brasil, clientes e a sociedade como um todo sofrerão com a reestruturação em curso na instituição.
As atividades foram concentradas nas duas agências localizadas no centro da cidade, onde inclusive funciona a superintendência regional e na unidade da Av. Presidente Vargas, que terá suas atividades encerradas com a reestruturação.
Além da entrega do manifesto, os diretores do sindicato dialogaram com os clientes que aguardavam atendimento, informando-os que com o fechamento das agências e redução no quadro de funcionários, o atendimento será ainda mais precário.
Outra questão abordada pelo sindicato junto à população foi a falta de responsabilidade social da empresa, que às vésperas do Natal deixou o funcionalismo apreensivo e inseguro, pois a cada dia surgem más notícias. “A pressão está muito grande, pois temos que conviver com as incertezas e com o fantasma diário da perda da função. As ameaças são constantes e o clima está insustentável”, disse um funcionário do BB que pediu anonimato.
São José dos Campos
O Sindicato com apoio dos funcionários realizou um ato público em frente a agência 0175 em São José dos Campos.
Foi distribuída carta aberta aos clientes e à população denunciando a falta de respeito do Banco com os funcionários e clientes. Esclareceu também que o BB não precisa de reestruturação, que é um banco público forte, de grande importância para o país e com excelente saúde financeira.
No dia 1º de dezembro, em mais uma mesa de negociação sobre o processo de reestruturação, representantes do BB recusaram-se a apresentar dados sobre a reestruturação em agências e departamentos, quantidade de unidades digitais e número de funções que serão disponibilizadas e cargos afetados.
Os representantes dos funcionários reafirmaram ao Banco que são contrários a esse processo de reestruturação por envolver cortes de mais de 9 mil postos de trabalho e provocar redução salarial de milhares de funcionários, caso estes não forem realocados.
Nova rodada de negociação
Nesta quinta-feira (8) os sindicatos e o BB voltam a se reunir em Brasília. Na pauta, a reestruturação. Já foram realizadas duas reuniões sobre o mesmo tema, nos dias 22 de novembro e 1º deste mês de dezembro.
Com a colaboração de Jairo Gimenez (Seeb Campinas), Rogério Marques (Seeb Franca) e Bruna Gabriela (Seeb São José dos Campos)
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