Taxa média de juros fecha 2012 no menor patamar desde 1995, diz Anefac

14.01.2013

Por Murilo Rodrigues Alves | Valor BRASÍLIA – As taxas médias de juros das operações de crédito para pessoas físicas e jurídicas voltaram a cair em dezembro e encerraram 2012 no menor patamar da série histórica, com início em 1995, segundo pesquisa da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). A taxa […]

Por Murilo Rodrigues Alves | Valor

BRASÍLIA – As taxas médias de juros das operações de crédito para pessoas físicas e jurídicas voltaram a cair em dezembro e encerraram 2012 no menor patamar da série histórica, com início em 1995, segundo pesquisa da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).

A taxa de juros média para famílias apresentou redução de 0,19 ponto percentual no mês passado, fechando o ano em 5,44% ao mês. Ao todo, no acumulado do ano, a taxa caiu 4,12 pontos percentuais, pela pesquisa da Anefac. Em dezembro, especificamente, das seis linhas de crédito direcionadas a pessoas físicas pesquisadas, somente o cartão de crédito rotativo manteve-se no mesmo patamar de novembro.

Os juros médios cobrados de empresas terminaram o ano em 3,07% ao mês, ante 3,29% ao mês em novembro. A taxa de dezembro também é a menor da série histórica, segundo a Anefac. Em janeiro de 2012, a taxa média cobrada das pessoas jurídicas estava em 3,79% ao mês.

O estudo da associação também compara os cortes na taxa básica de juros e os praticados pelos bancos aos clientes. De agosto de 2011 a dezembro de 2012, a Selic foi cortada em 5,25 pontos percentuais, para 7,25% ao ano. No mesmo período, a taxa de juros média para pessoa física apresentou redução de 32,38 pontos percentuais, para 88,83% ao ano. Nas operações de crédito para pessoa jurídica houve redução de 17,29 pontos percentuais, a 47,47% ao ano.

O coordenador de estudos econômicos da Anefac, Miguel José Ribeiro de Oliveira, acredita que as taxas de juros vão voltar a cair nos próximos meses “por conta da melhora da economia, pela maior competição no sistema financeiro após os bancos públicos promoverem reduções em suas taxas de juros, bem como com a expectativa de redução dos índices de inadimplência”.

Fonte: Valor Econômico

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