Tema Igualdade de Oportunidades não avança na quarta rodada

22.08.2012

O tema Igualdade de Oportunidades não avançou na quarta rodada de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban, realizada nesta terça-feira, 21/8, em São Paulo. No que se refere ao tema Segurança, a Fenaban assumiu compromisso em consultar os Bancos sobre a proposta do Comando em elaborar um projeto-piloto para prevenir assaltos […]

O tema Igualdade de Oportunidades não avançou na quarta rodada de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban, realizada nesta terça-feira, 21/8, em São Paulo. No que se refere ao tema Segurança, a Fenaban assumiu compromisso em consultar os Bancos sobre a proposta do Comando em elaborar um projeto-piloto para prevenir assaltos e sequestros. O processo de negociação continua nesta quarta-feira, dia 22. Na pauta, o tema Remuneração.

O Comando Nacional apresentou as principais preocupações da categoria com relação à segurança bancária, tema que interessa também aos vigilantes, aos clientes e à sociedade. Os representantes dos bancários mostraram os dados da 3ª Pesquisa Nacional de Ataques a Bancos, elaborada pela Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) e Contraf-CUT, com apoio técnico do Dieese, a partir de notícias da imprensa, estatísticas de Secretarias de Segurança Pública (SSP) e os levantamentos de sindicatos e federações de vigilantes e bancários.

Segundo a pesquisa, os ataques a bancos cresceram 50,48% no primeiro semestre de 2012 e atingiram 1.261 ocorrências em todo país, uma média assustadora de 6,92 por dia. Desses casos, 377 foram assaltos (inclusive com sequestro de bancários e vigilantes), consumados ou não, e 884 arrombamentos de agências, postos de atendimento e caixas eletrônicos. No mesmo período do ano passado, foram registrados 838 casos, sendo 301 assaltos e 537 arrombamentos.

Os representantes dos bancários também lembraram que já houve 27 assassinatos em assaltos envolvendo bancos, na sua maioria em "saidinhas" de banco, no primeiro semestre de 2012. Em todo ano passado foram 49 mortes.

Para combater essa insegurança, o Comando Nacional defende a proibição da guarda das chaves e acionadores de alarmes para evitar sequestros, fim do transporte de numerário por bancários, instalação de equipamentos e medidas de prevenção contra assaltos, sequestros e extorsões, estabilidade ao empregado vítima desse tipo de violência, além de adicional de risco de morte de 30% do salário para quem trabalha em agências, postos e áreas de tesouraria.

Projeto-piloto de segurança

O Comando propôs a elaboração conjunta de um projeto-piloto, em cidade ou região a ser definida, para experimentar propostas dos bancários para a melhoria da segurança, como portas de segurança, biombos e fim da guarda das chaves por bancários e vigilantes, dentre outras demandas. Os negociadores da Fenaban se comprometeram a levar a proposta para apreciação dos Bancos e apresentar uma resposta até o final da campanha nacional. “Nossa proposta é que todas as agências instaladas no país sejam equipadas com uma série de dispositivos de segurança, como prevê o projeto elaborado pela Contraf-CUT e CNTV", destaca o secretário-geral da Federação, Jeferson Boava.

Igualdade de oportunidades

O Comando Nacional reivindicou da Fenaban a inclusão na Convenção Coletiva dos Bancários dos planos de ação dos bancos de combate às discriminações, elaborados a partir do Mapa da Diversidade. Defendeu também a realização de um novo censo na categoria para avaliar se as medidas em defesa da igualdade de oportunidades estão produzindo resultados. Os bancos, no entanto, recusaram todas as propostas.

Remuneração

Nesta quarta-feira, dia 22, a Remuneração estará na pauta da quinta rodada. Entre outros pontos:

– Remuneração fixa direta: reajuste salarial de 10,25%, piso de R$ 2.416,38, Plano de Cargos e Salários, salário do substituto, parcelamento do adiantamento de férias e gratificações.

– Remuneração indireta: auxílio-refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta-alimentação, auxílio-creche/babá, 13º auxílio-creche/babá, vale-transporte, auxílio-educação.

– Remuneração variável: PLR de três salários mais R$ 4.961,25 fixos. Os bancários reivindicam também a contratação total da remuneração, incluindo a renda variável.

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