Representantes criticam impacto do modelo atual sobre aposentados e reivindicam reajuste zero na contribuição
Na rodada de negociação realizada nesta terça-feira (15), os representantes dos trabalhadores da Caixa Econômica Federal defenderam o fim do teto de 6,5% da folha de pagamento para o custeio do Saúde Caixa. A medida é considerada fundamental para garantir o equilíbrio do plano e retomar a proporção histórica de financiamento de 70% pela empresa e 30% pelos empregados.

A proposta apresentada ao banco incluiu também a manutenção dos percentuais hoje vigentes, ou seja, reajuste zero nas mensalidades do plano de saúde, diante da perda de renda dos bancários, especialmente dos aposentados, e dos aumentos já ocorridos nos últimos anos.
Participaram da reunião representantes do Grupo de Trabalho do Saúde Caixa e da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), que ressaltaram a importância de respeitar os princípios aprovados no último Conecef: mutualismo, pacto intergeracional e solidariedade.
Pela Federação dos Bancários dos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul (Feeb SP/MS), participou o dirigente Tesifon Quevedo Neto, que destacou a urgência de soluções efetivas para garantir a sustentabilidade do plano e a inclusão dos trabalhadores mais afetados.
“A manutenção do teto de 6,5% imposto pela Caixa tem gerado desequilíbrio no plano, e os trabalhadores não podem continuar arcando com os prejuízos. Defendemos o modelo de custeio 70/30 e a retirada imediata desse limitador”, afirmou Tesifon.

Os representantes também solicitaram à Caixa avanços nos estudos sobre compartilhamento de redes de atendimento com outros planos, como a Cassi, especialmente em regiões com déficit de prestadores de serviço. Outro ponto debatido foi a necessidade de dar caráter deliberativo ao Conselho de Usuários do Saúde Caixa, hoje apenas consultivo, além de reconhecer o papel dos novos comitês de credenciamento e descredenciamento.
Durante a reunião também foi destacada a preocupação com a mudança no abastecimento de numerário, que tem feito com que as agências “durmam” com mais dinheiro nos cofres. A medida, adotada com o argumento de redução de custos, aumenta o risco de assaltos e sequestros, expondo ainda mais os trabalhadores.
A CEE solicitou a revisão do normativo que trata dessa alteração. A manifestação, feita pelo representante da Feeb-SP/MS, durante o encontro, reforça que a segurança dos bancários não pode ser negligenciada sob nenhuma situação.
Temas como a vinculação das agências digitais, reestruturação, VPN e inclusão dos pós-2018 no benefício pós-emprego foram elencados para mesas futuras, com previsão de continuidade das negociações na segunda semana de agosto.
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