
Os trabalhadores paralisaram a Baixada Santista no Dia Nacional de Luta, 11/07. Às cinco horas da manhã, mais de 300 trabalhadores de vários sindicatos já paralisavam todas as vias de ida e volta da av. Martins Fontes (entrada da cidade de Santos) e a divisa entre Santos/São Vicente/SP. Às seis horas os manifestantes fizeram um cordão e, em passeata, foram avançando até a entrada da via Anchieta (ao lado do supermercado Assaí) e paralisaram o trânsito das avenidas Martins Fontes e Nossa Senhora de Fátima. Neste momento o trânsito das cidades na região parou!
Depois de seis horas de mobilização, em passeata pela avenida Martins Fontes e de volta ao centro da Cidade de Santos/SP, às 11h (onde as lojas fecharam), sindicalistas do Sindicato dos Bancários de Santos e Região (Intersindical) e de outras categorias foram paralisando lojas e agências bancárias que insistiam em trabalhar mesmo sem os vigilantes, que também aderiram ao movimento. “A abertura das unidades bancárias sem vigilantes contraria a Lei Federal e as normas de segurança do Banco Central”, reage Eneida Koury, Secretaria Geral do Sindicato dos Bancários. No final do protesto, foi realizado Ato na Pça. Mauá, em frente à Prefeitura de Santos, com todos os trabalhadores e centrais sindicais que retornaram dos vários pontos de paralisação.
“Foi um dia histórico, onde todas as centrais sindicais uniram forças pelo mesmo objetivo: à defesa incondicional dos trabalhadores. Bancários e vigilantes, por exemplo, nunca fizeram paralisação em conjunto. Milhares trabalhadores, da Baixada Santista, de várias categorias e segmentos, estudantes e militantes de partidos políticos de esquerda, como o PSOL, estavam juntos sob a organização das oito centrais para protestar com mobilizações e paralisações. Reivindicando seus direitos, que alguns parlamentares como vereadores, deputados estaduais e federais, senadores e governadores em conluio com empresários e banqueiros, com o aval de governos estaduais e federal, querem lhes retirar com o Projeto de Lei 4330, que amplia a terceirização, aumenta a jornada de trabalho, diminui o salário e retira direitos conquistados com muita luta e até mortes. Além disso, os trabalhadores saíram às ruas por mais investimentos na saúde, educação e transporte públicos, melhores condições para os aposentados e muitas outras pautas”, afirma Ricardo Saraiva Big, da coordenação Nacional da Intersindical e presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e região.
Divisa: Santos /S.Vicente – Ao final os manifestantes que estavam na Divisa entre as duas cidades também voltaram em passeata, às 12h, para o Ato na Pça. Mauá em Santos.
Cubatão/SP – A rodovia Cônego Domênico Rangoni foi paralisada no km 267 desde às 6h por metalúrgicos, bancários, petroleiros, funcionários públicos, aposentados e outros operários de vários segmentos. Nesta via estão várias indústrias e a siderúrgica Usiminas e a refinaria de petróleo Presidente Bernardes, do polo industrial da cidade.
O Dia Nacional de Luta foi organizado pelas Centrais Sindicais -Intersindical, UGT, CGTB, CUT, Força Sindical, Nova Central, CSP Conlutas e CTB- pelo Fim do Fator Previdenciário; Jornada de 40 horas Semanais, Sem Redução de Salário; Reajuste Digno para os Aposentados; Mais Investimentos em Saúde Pública, Educação e Segurança Pública; Transporte Público de Qualidade; Fim do Projeto de Lei 4330 que amplia a Terceirização; Reforma Agrária; Fim dos Leilões do Petróleo.
Fonte: Sindicato dos Bancários de Santos e Região
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