
A Federação dos Bancários dos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul (Feeb SP/MS) participou ontem (28) junto com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) da Mesa Temática de Igualdade de Oportunidades, composta por integrantes da Comissão de Gênero, Raça, Orientação Sexual e Trabalhadores e Trabalhadoras com Deficiência (CGROS).
Ainda no mês de março, dedicado especialmente às mulheres, o encontro realizado de forma virtual, objetivou fortalecer a pauta de combate à violência doméstica e de defesa aos direitos da mulher.
“Somos a primeira categoria a conquistar cláusulas em acordo coletivo sobre igualdade de oportunidades e a única a manter uma mesa permanente de negociações a respeito de questões de gênero, raça e orientação sexual e canais de atendimento à vítima de violência doméstica”, explica Elisa Ferreira, representante da Feeb SP/MS.
Os representantes da categoria enfatizaram a importância de dar mais visibilidade a todas as ações que compõem o acordo, em especial às de prevenção.
“Muitas mulheres ainda desconhecem essas ações e por isso, é fundamental fortalecermos a divulgações das ações e as possibilidades de acolhimento às vítimas”, explica Elisa.
Números
Primeira parte, Vivian do DIEESE, apresentou a pesquisa realizada pelo Dieese todo mês de março, sobre inserção da mulher no mercado de trabalho, ressaltando como a desigualdade de gênero aparece nos índices de desemprego, recolocação e de remuneração. Essa desigualdade é ainda maior quando se faz o recorte por raça.
Durante o encontro o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócioeconômicos (Dieese) apresentou a pesquisa realizada durante o início da crise sanitária. Os dados relacionados à inserção da mulher no mercado de trabalho ressaltaram a desigualdade de gênero nos índices de desemprego, de recolocação e de remuneração. Conforme demonstração, a desigualdade é ainda maior quando esse recorte é feito por raça.
Do terceiro trimestre de 2019 ao mesmo período de 2021, 1,1 milhão de mulheres haviam perdido o trabalho, seu rendimento médio mensal sofreu queda de 2,9%. Denúncias de assédio moral subiram em 187% e os números são ainda mais graves quando se trata de mulheres negras, afetadas em praticamente todos os indicadores.
Medidas de combate
As medidas de combate à violência doméstica foram apresentadas na sequência pela Fenaban. Sobre o canal de acolhimento e apoio à mulher vítima de violência a Fenaban apresentou os seguintes números:
Nos dois anos do projeto, em média foram feitas 11 denúncias por mês de violência doméstica ou familiar. Nesse período, 273 mulheres foram atendidas pelo canal e tiveram encaminhamento para solução. Nos casos mais graves, 11 delas tiveram que ser transferidas de localidade para conseguirem viver em condição de segurança.
Reuniões bimestrais
Os representantes da CGROS também propuseram o retorno da periodicidade bimestral de reuniões da Mesa Temática, interrompida em decorrência da pandemia da Covid-19. Com a proposta aprovada, a agenda das próximas reuniões já está sendo organizada pelas duas partes.
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