Violência contra mulher está em todas as classes sociais, diz pesquisador

05.12.2013

A violência contra as mulheres não é um problema só delas, mas uma questão social, de direitos humanos e de saúde pública. Não é exclusividade do Brasil, está presente em países ricos e pobres e em todas as classes sociais e religiões. O alerta foi feito pelo do doutor em Saúde Coletiva e coordenador-adjunto do […]

A violência contra as mulheres não é um problema só delas, mas uma questão social, de direitos humanos e de saúde pública. Não é exclusividade do Brasil, está presente em países ricos e pobres e em todas as classes sociais e religiões. O alerta foi feito pelo do doutor em Saúde Coletiva e coordenador-adjunto do Centro Latino-Americano de Sexualidade e Direitos Humanos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Marcos Nascimento, que foi o palestrante convidado desta quinta-feira (5) do projeto Quintas Femininas.

Para combater o problema, o pesquisador defendeu a participação efetiva dos homens e o investimento em educação, com a abordagem do tema nas escolas.

– É preciso pensar a relação entre masculinidade e violência. Mostrar-se agressivo e violento é aprendido na mais tenra infância. Na idade adulta, essa violência acaba sendo usada para a solução de conflitos. Por isso acredito na educação. Se quisermos transformar a realidade, tem que ser pela educação – afirmou Nascimento, depois de lembrar que os homens são maioria da população carcerária e os que mais matam e morrem por causa da violência.

A palestra desta quinta-feira foi realizada para marcar o Dia do Laço Branco, criado há 24 anos no Canadá, depois que o jovem Marc Lepine, de 25 anos, entrou armado numa sala de aula de uma escola de Montreal, mandou que os homens saíssem e atirou contra as alunas e a professora, sob alegação de que odiava feministas.

Marc suicidou-se logo em seguida e deixou uma carta com uma lista de 19 feministas que ele pretendia matar. Desde então, homens canadenses lançaram a campanha para mostrar ao mundo que, apesar de existirem aqueles que agridem mulheres, há também os que repudiam e não se calam diante da violência. O movimento ganhou o mundo e está presente hoje em mais de 50 países, inclusive no Brasil.

Espaço para elas

O Quintas Femininas é uma iniciativa da Procuradoria Especial da Mulher do Senado Federal e da Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados.

Criado no fim de outubro, o projeto traz todos os meses um convidado para falar de temas diversos relacionados com os direitos das mulheres e o papel delas na sociedade. A aplicação da Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006) foi o tema da primeira palestra, realizada em 31 de outubro. O programa já debateu também a violência e o preconceito contra as mulheres negras.

Fonte: Agência Senado  

Notícias Relacionadas

Seminário Jurídico debate contrarreforma trabalhista

Evento, que também tratou da organização do ramo financeiro, fortalece alinhamento entre entidades de base dos trabalhadores para atuação conjunta A Federação dos Bancários dos Estados de São Paulo e Mato Grosso (Feeb SP/MS), representada pelo secretário geral, Reginaldo Breda, participou do 3º Seminário Jurídico Nacional da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), que […]

Leia mais

Caixa: Empregados se reúnem com o banco

Pauta trata de questões específicas dos tesoureiros, caixas e avaliadores de penhor As questões que envolvem os empregados da Caixa Econômica Federal que atuam especificamente nas funções de caixa, tesoureiro e avaliadores de penhor estão sendo debatidas nesta quinta-feira (30) pelo Grupo de Trabalho formado por representantes dos trabalhadores e do banco. “É preciso melhorar […]

Leia mais

Itaú: Uso indevido do plano de saúde leva a demissões

O banco anunciou a demissão de 80 funcionários pelo mau uso da solicitação de reembolso de consultas e procedimentos O Itaú demitiu 80 funcionários que, segundo o banco, teriam usado o plano de saúde de forma indevida. O banco relatou má conduta dos trabalhadores no pedido de reembolso de consultas e procedimentos. De acordo com […]

Leia mais

Sindicatos filiados