Comércio teme perdas de até 30% por greve nos bancos e pede acordo

03.10.2013

SÃO PAULO – A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mandou carta à Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) nesta quinta-feira pedindo um acordo para o fim da greve dos bancários, estimando que o varejo pode sofrer perdas de até 30 por cento nos primeiros dias de outubro caso a paralisação se prolongue até o quinto […]

SÃO PAULO – A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mandou carta à Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) nesta quinta-feira pedindo um acordo para o fim da greve dos bancários, estimando que o varejo pode sofrer perdas de até 30 por cento nos primeiros dias de outubro caso a paralisação se prolongue até o quinto dia útil do mês.

Como grande parte das empresas executam suas folhas de pagamento nesse período, a CNDL afirma que ele também responde por um dos momentos de maior consumo interno, com os trabalhadores fazendo operações financeiras após receberem seus salários.

"Se a greve se prolongar e alcançar o quinto dia útil do mês, o comércio pode sofrer perdas na ordem de 30 por cento no período", afirmou Roque Pelizzaro Junior, presidente da entidade, em comunicado.

A CNDL, que representa mais de 1,2 milhão de pontos de venda no Brasil, pressiona por um acordo imediato para o fim da greve, que começou em 19 de setembro.

Na véspera, o Comando Nacional dos Bancários anunciou a ampliação da paralisação com o fechamento de 11.156 agências e centros administrativos no país, número 81,5 por cento maior que o registrado no primeiro dia da greve, segundo o grupo.

No início de setembro, os trabalhadores rejeitaram em assembleias proposta de reajuste de 6,1 por cento formulada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Eles reivindicam um aumento salarial de 11,93 por cento e participação nos lucros de três salários acrescido de 5.553,15 reais, entre outras demandas.

"Vamos reforçar ainda mais o movimento para quebrar a intransigência da Fenaban e arrancar uma proposta decente", disse coordenador do Comando Nacional e presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), Carlos Cordeiro, em comunicado no final da quarta-feira.

Procurada, a Febraban não se manifestou imediatamente nesta quinta-feira.  

Fonte: Reuters

Notícias Relacionadas

Banco Santander registra lucros bilionários, mas sindicatos denunciam precarização do Trabalho

Representantes sindicais expressam indignação com a precarização do trabalho e a postura do Banco Santander diante de lucros bilionários Nesta semana, o Banco Santander anunciou um Lucro Líquido Gerencial de R$ 3,021 bilhões no primeiro trimestre de 2024, representando um crescimento de 41,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. O Lucro Líquido Contábil […]

Leia mais

Caixa: Contraf-CUT cobra dados sobre Saúde Caixa

Acordo Coletivo do plano de saúde das empregadas e empregados prevê o repasse trimestral de informações sobre o plano A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) enviou, na sexta-feira (26), um ofício à Caixa Econômica Federal cobrando o fornecimento dos dados primários do Saúde Caixa, o plano de saúde das empregadas e empregados […]

Leia mais

Previ: apoiada pelo movimento sindical, Chapa 1 vence eleições

Grupo recebeu o apoio de entidades associativas e que defendem o sistema de paridade na gestão da Previ, com representantes dos funcionários nos conselhos e diretorias Com 51,77% dos votos, a Chapa 1, “Previ para os Associados”, venceu as Eleições Previ que, neste ano, definiu os ocupantes para o Conselho Diretor, Conselho Fiscal e Diretoria […]

Leia mais

Sindicatos filiados