Editorial do Diário de Marília – Greve dos bancos: a quem interessa?

08.10.2013

O Sistema Bancário é importante porque é o elo de ligação da sociedade, praticamente tudo que se consome passa pelo setor bancário, este também emprega direta ou indiretamente milhares de pessoas. Com isso o segmento é uma das alavancas de uma sociedade. Por isso os mais de 15 dias de greve dos funcionários desta área […]

O Sistema Bancário é importante porque é o elo de ligação da sociedade, praticamente tudo que se consome passa pelo setor bancário, este também emprega direta ou indiretamente milhares de pessoas. Com isso o segmento é uma das alavancas de uma sociedade. Por isso os mais de 15 dias de greve dos funcionários desta área já deixam rastros de insatisfação dos usuários.

Os empregados deste setor têm que ter capacidade, paciência e muita calma, pois diariamente correm riscos e convivem com constante estresse, por isso é claro, deveriam ter mais valor, enfim, os bancários como todas as classes trabalhadoras, merecem mais atenção e respeito.

Entretanto, podemos nos questionar a quem interessa a greve. Interessa primeiro aos bancos, que quase nada perdem, continuam funcionado na maior porcentagem (os grandes clientes), não são abalados no varejo alto, estes usam a internet e quase não são atingidos no pequeno varejo, pois têm contratos com os Correios, as lotéricas, as lojas de departamentos e outras unidades de cobranças.

Aos bancos não interessa o fim do movimento, caem os seus custos e continuam os esticados lucros.

Também é vantajoso aos credores, os grandes clientes dos bancos, aqueles que vendem à prazo, uma vez que os consumidores que não tomam os devidos cuidados e devedores não quitando os seus débitos por falta de condições, serão castigados por exorbitantes taxas de juros.

Então, ganham os credores e os bancos em desfavor dos consumidores que sempre pagarão as contas.

Quem sai no prejuízo são os consumidores, que possuem o dinheiro na conta, possuem o recurso na mão e muitos não conseguem quitar os seus débitos por alguns motivos, em suma, são os grandes perdedores. Ainda mais quando a paralisação atinge o tão tumultuado quinto dia útil. Perdem também os pequenos comerciantes, os menores vendedores e a pequena economia de uma maneira em geral.

Porque as autoridades não partem em defesa dos consumidores, pressionando os dois polos positivos – os bancos e os fornecedores (credores) que são partes principais e mantêm contratos na condução de suas contas, de suas cobranças e dos seus movimentos? Porque não obrigam os bancos a pagarem as multas dos consumidores até o fim do movimento ou estes juros serem de responsabilidade dos bancos e dos fornecedores e não dos consumidores.

Pode se pensar que com esta conduta a greve dos bancários cessaria nas primeiras horas ou dias, quais seriam os bancos ou quais seriam os fornecedores ou credores que assumiriam tamanha fatura?

Com estas medidas não seriam punidos a razão de todos os segmentos, os consumidores, uma vez que na conduta atual, são os únicos violados.

Notícias Relacionadas

Diretoria da Feeb SP/MS define estratégias para enfrentar transformações no setor bancário

Reunião em São Paulo alinha ações para fortalecer os sindicatos frente às mudanças no mercado financeiro A diretoria da Federação dos Bancários dos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul (Feeb SP/MS) se reuniu nesta quinta-feira (17), em São Paulo, para traçar a agenda de trabalho que orientará os sindicatos nos próximos meses. […]

Leia mais

Bancários do Santander assinam Acordo Coletivo de Trabalho (ACT)

O novo acordo traz conquistas importantes para a categoria, com avanços nas condições de trabalho As bancárias e os bancários do Santander, representados pela Comissão de Organização dos Empregados (COE) Santander, Sindicatos, Federações e Confederações, assinaram nesta terça-feira (15) o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2024. A assinatura ocorreu na sede do banco, em São […]

Leia mais

Feeb SP/MS questiona critérios e prazo para promoções da Caixa em 2024

Na mesa de negociação com a Caixa, Contec e Contraf, foram apresentados dados sobre as promoções de 2024, mas critérios e prazos ainda geram dúvidas. Feeb SP/MS cobra maior clareza para garantir promoções em janeiro de 2025 Em nova rodada de negociações entre o Grupo de Trabalho de Promoção por Mérito da Caixa Econômica Federal, […]

Leia mais

Sindicatos filiados