Sorocaba: Contingenciamento e pressão refletem a irresponsabilidade dos bancos

16.10.2015

A greve dos bancários continua forte em todo o Brasil. A paralisação já entra em seu 11° dia e até o momento os bancos ainda não se pronunciaram com relação a uma nova proposta que contemple as necessidades da categoria. Em Sorocaba e região, já são 217 agências fechadas, resultando num percentual de 69% de […]

A greve dos bancários continua forte em todo o Brasil. A paralisação já entra em seu 11° dia e até o momento os bancos ainda não se pronunciaram com relação a uma nova proposta que contemple as necessidades da categoria. Em Sorocaba e região, já são 217 agências fechadas, resultando num percentual de 69% de suas agências paralisadas.

Mas um fato chama muito a atenção na greve deste ano: a irresponsabilidade dos bancos. Ao perceber que a cada dia mais agências se fecham, os gerentes regionais começam a pressionar os funcionários das agências fechadas a ir trabalhar em outras agências que porventura ainda estiverem abertas, inclusive em outras cidades. “Essa prática se chama contingenciamento e é proibida. Agora vejam, o bancário pega a estrada obrigado, à contra gosto, para ir até outra agência que não é a dele. Se no caminho acontece um acidente, ou assalto, como fica a cabeça de quem contingenciou esse funcionário? Cadê a responsabilidade?”, esclarece Julio Cesar Machado, presidente do Sindicato dos Bancários de Sorocaba e Região.

Mais irresponsabilidade

Durante o período de greve, poderão permanecer dentro das agências alguns poucos funcionários chave, como o gerente e o tesoureiro, por exemplo. Esses funcionários ficam dentro do banco apenas executando tarefas administrativas, sem atender o público – pois estão em greve. Ocorre que o banco Itaú, numa atitude irresponsável e desesperada, está pressionando esses funcionários a abrir as portas das agências a todo custo.

Conforme explica Julio, essa atitude do banco pode gerar muita confusão e atritos desnecessários, pois a agência teria um grande volume de serviço – já que as outras todas estão fechadas – tendo apenas alguns poucos funcionários para atender. “Imaginem o caos que seria se porventura uma agência abrisse em meio à greve, contando apenas com dois ou três funcionários para dar conta de toda a demanda de trabalho. Quem assume a responsabilidade pelos problemas que possam ocorrer?”, questiona.

Fonte: SEEB Sorocaba

Leia também

Tuitaço #Exploraçãonãotemperdão!

 

Notícias Relacionadas

Banco Santander registra lucros bilionários, mas sindicatos denunciam precarização do Trabalho

Representantes sindicais expressam indignação com a precarização do trabalho e a postura do Banco Santander diante de lucros bilionários Nesta semana, o Banco Santander anunciou um Lucro Líquido Gerencial de R$ 3,021 bilhões no primeiro trimestre de 2024, representando um crescimento de 41,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. O Lucro Líquido Contábil […]

Leia mais

Caixa: Contraf-CUT cobra dados sobre Saúde Caixa

Acordo Coletivo do plano de saúde das empregadas e empregados prevê o repasse trimestral de informações sobre o plano A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) enviou, na sexta-feira (26), um ofício à Caixa Econômica Federal cobrando o fornecimento dos dados primários do Saúde Caixa, o plano de saúde das empregadas e empregados […]

Leia mais

Previ: apoiada pelo movimento sindical, Chapa 1 vence eleições

Grupo recebeu o apoio de entidades associativas e que defendem o sistema de paridade na gestão da Previ, com representantes dos funcionários nos conselhos e diretorias Com 51,77% dos votos, a Chapa 1, “Previ para os Associados”, venceu as Eleições Previ que, neste ano, definiu os ocupantes para o Conselho Diretor, Conselho Fiscal e Diretoria […]

Leia mais

Sindicatos filiados