Fenaban quer reduzir em até 48% a PLR dos bancários

19.08.2020

Comando Nacional rejeitou na mesa a proposta, que faz retroceder a PLR aos patamares de 1995 O Comando Nacional dos Bancários rejeitou a proposta apresentada nesta terça-feira (18) pelos representantes da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) de reduzir a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) da categoria. Com a queda do lucro líquido dos bancos, […]

Comando Nacional rejeitou na mesa a proposta, que faz retroceder a PLR aos patamares de 1995

O Comando Nacional dos Bancários rejeitou a proposta apresentada nesta terça-feira (18) pelos representantes da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) de reduzir a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) da categoria. Com a queda do lucro líquido dos bancos, a PLR dos bancários já teria uma redução de até 25%. A proposta da Fenaban faz essa redução chegar a até 48% (veja abaixo a tabela com as reduções da PLR por faixas salariais nos três maiores bancos privados).

A redução da PLR proposta pelos bancos significaria um retrocesso aos patamares de 1995, quando a PLR foi negociada em acordo pela primeira vez. “Além da redução de 21% na atual regra da PLR, a Fenaban apresenta uma proporta que muda ainda mais a regra básica, o que significa um prejuízo de 41% para o bancário em ano de pandemia, onde o certo seria ganhar mais pelos riscos do trabalho prestado", explica Reginaldo Breda, secretário geral da Federação dos Empregados em Estabelecimentos Bancários dos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul. 

Reduções na PLR
A proposta da Fenaban reduz de 7,2% para 7% o limite mínimo de distribuição do lucro líquido no primeiro semestre em exercício. As reduções não param. A antecipação atual é de 54% do salário, mais fixo de R$ 1,474,38, com limite individual de R$ 7.909,30. Na proposta dos bancos, ficaria em 43,2% do salário, mais fixo de R$ 1.179,50, com limite individual de R$ 6.327,44.

A regra básica da PLR anual tem atualmente 90% do salário mais fixo de R$ 2.457,29, com limite individual de R$ 13.182,18. Pela proposta da Fenaban, cairia para 72% do salário mais fixo de R$ 1.965,50, com limite individual de R$ 10.545,74.

Outras perdas também foram apresentadas na reunião. O percentual da parcela adicional, por exemplo, retornaria ao patamar de 2012. Os valores fixos teriam redução de 20%, retornando ao patamar entre 2014 e 2015. O acelerador da regra básica retornaria ao patamar de 2007.

A Fenaban também faz ajustes na redação na base de cálculo para o salário base acrescido das verbas fixas de natureza salarial. A mudança, no entanto, afeta bancários de vários estados onde os bancos pagam gratificação semestral. Nesses estados, as perdas chegariam perto de 50%. 

Proposta incompleta
Outro problema levantado na reunião desta quinta-feira (18) foi o fato de a Fenaban ter apresentado apenas uma proposta incompleta diante das reivindicações da categoria. Os representantes dos bancos preferiram discutir apenas PLR, deixando de lado pontos como aumento real de salário, emprego, saúde e contratação do teletrabalho. 

"Dentre as decisões ficou acertado que o Comando Nacional defenderia junto ao Congresso Nacional a regulamentação da PLR junto à Recetia Federal e a Fenaban defenderia a queda do veto da Ultratividade, desde que seja para todos os trabalhadores", explica Breda. 

Os representantes da Fenaban se comprometeram a apresentar o restante de suas propostas para a negociação na próxima reunião, marcada para quinta-feira (20).

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