COE Itaú apresenta denúncias de falhas no Gera

18.03.2021

Representantes dos trabalhadores aproveitaram a apresentação do banco para relatar as reclamações dos bancários que estão participando do projeto-piloto Nesta quinta-feira ((17), a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú se reuniu com a direção do banco para debater o Gera, programa de remuneração variável do banco que substitui o Agir. Em um primeiro […]

Representantes dos trabalhadores aproveitaram a apresentação do banco para relatar as reclamações dos bancários que estão participando do projeto-piloto

Nesta quinta-feira ((17), a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú se reuniu com a direção do banco para debater o Gera, programa de remuneração variável do banco que substitui o Agir.

Em um primeiro momento o banco realizou a apresentação do programa, que está em fase de testes em agências de Guarulhos (SP) e do Rio de Janeiro.

Gera

O Gera aborda pilares como autonomia, reconhecimento, simplificação e colaboração. Seu pagamento é mensal e semestral. No mensal são consideradas a produção do funcionário e a satisfação do cliente e no semestral é variável considerando a questão financeira e a satisfação do cliente.

Para o Itaú, o Gera é um Programa melhor que o AGIR, porém os representantes dos trabalhadores avaliam que as metas pioraram e se tornaram inatingíveis, o que resulta muitas vezes no aumento do assédio moral, das demissões e nos afastamento médicos. “O programa pode ser melhor, mas é preciso haver equilíbrio na cobrança das metas e levar em consideração o momento atual enfrentado, que reflete significativamente no ambiente bancário", explica o secretário geral da Federação dos Bancários dos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul (Feeb SP/MS), Reginaldo Breda. 

Metas

De acordo com a Feeb, a cobrança das metas, assim como a reestruturação que altera as funções dos funcionários, tem gerado exaustão para a categoria, que dentre as funções acumuladas estão: aprender, executar, bater meta e atender o cliente.

Durante a reunião o movimento destacou a situação nas agências pequenas, que com a ausência do GA ou do líder de negócio, cabe ao GGA a função de operacionalizar a agência, temporizar os cofres, abastecer os caixas eletrônicos, contar o numerário oriundo dos diversos caixas eletrônicos da agência, além de entregar a meta do VAI (vendas atendimento Itaú) e ainda entregar a grave do Gera. 

A técnica de treinamento adotada também foi contestada, uma vez que coloca o trabalhador em risco ao obrigá-lo a estar na maior parte do tempo ao lado do colega de trabalho. "Chamada de técnica carrapato, o modo de aprendizado adotado vai contra as medidas de distanciamento e coloca em risco a vida do funcionário", destaca Breda. 

Senha

Um outro problema apresentado pelos bancários são as senhas que os clientes têm que pegar para serem atendidos que são por segmento e quando não há ninguém para ser atendido, os bancários da área operacional precisam realizar a função. A COE relatou, ainda, as denúncias sobre o aumento das metas de abertura de contas e de renegociação. 

Por fim, foi ressaltado pelo movimento sindical que o plano de metas e mudanças realizadas pelo banco não deveriam ser discutidas em meio à pandemia.  “Tendo em vista o momento crítico que estamos enfrentando, a pauta prioritária deveria ser a vida dos bancários e clientes”, pontua Breda. 

O banco se comprometeu a marcar uma nova reunião para responder as demandas apresentadas nesta quarta.

Notícias Relacionadas

Caixa: Contraf-CUT cobra dados sobre Saúde Caixa

Acordo Coletivo do plano de saúde das empregadas e empregados prevê o repasse trimestral de informações sobre o plano A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) enviou, na sexta-feira (26), um ofício à Caixa Econômica Federal cobrando o fornecimento dos dados primários do Saúde Caixa, o plano de saúde das empregadas e empregados […]

Leia mais

Previ: apoiada pelo movimento sindical, Chapa 1 vence eleições

Grupo recebeu o apoio de entidades associativas e que defendem o sistema de paridade na gestão da Previ, com representantes dos funcionários nos conselhos e diretorias Com 51,77% dos votos, a Chapa 1, “Previ para os Associados”, venceu as Eleições Previ que, neste ano, definiu os ocupantes para o Conselho Diretor, Conselho Fiscal e Diretoria […]

Leia mais

Trabalhadores conquistam vitória: governo revoga CGPAR 42 após mobilização

Contraf-CUT e Fenae integraram a comissão de representação dos trabalhadores das estatais para revogar a medida. Novo texto substituto aumentou para 70% do total a despesa das empresas com planos de saúde Após intensa pressão das entidades representativas dos trabalhadores das estatais, o governo revogou a resolução 42 da Comissão Interministerial de Governança Corporativa e […]

Leia mais

Sindicatos filiados