Sindicato dos Bancários de Piracicaba participa da mobilização nacional contra as demissões do Itaú Unibanco

05.12.2020

Na manhã de hoje, 23, diretores do Sindicato dos Bancários de Piracicaba e Região estiveram na agência Itaú da Praça José Bonifácio, para realizarem manifesto contra as demissões em massa que têm ocorrido no banco desde 2008, quando houve a fusão Itaú Unibanco. Somente na base de Piracicaba, 67 bancários foram demitidos, sendo 22 deles […]

Na manhã de hoje, 23, diretores do Sindicato dos Bancários de Piracicaba e Região estiveram na agência Itaú da Praça José Bonifácio, para realizarem manifesto contra as demissões em massa que têm ocorrido no banco desde 2008, quando houve a fusão Itaú Unibanco. Somente na base de Piracicaba, 67 bancários foram demitidos, sendo 22 deles de janeiro a maio desse ano.

O ato serviu de alerta para que tanto os colaboradores do banco quanto à população entenda o que está acontecendo com um dos bancos que mais tem lucrado nos últimos anos. De acordo com o diretor do sindicato Marcelo Abrahão, no primeiro trimestre, o banco bateu outro recorde ao obter lucro líquido de R$ 3,4 bilhões. “No entanto, seguiu demitindo e ainda fechou 1.964 postos de trabalho, uma redução de 7,4% em relação ao mesmo período ano passado, o que acumula um corte de 7.728 vagas nos últimos 12 meses em todo o país.”

A diminuição dos postos de trabalho tem gerado filas nos caixas e o descontentamento de seus clientes. Por esta razão, o diretor João Francisco Marchesini Eloy alertou aos correntistas, que aguardavam a abertura da agência, para os que se sentirem lesados ou que ficarem mais de 15 minutos na fila que façam a denúncia ao Procon. “Existe uma lei e ela precisa ser cumprida. É preciso ligar para denunciar, pois essa é uma forma de a população ajudar nossa categoria para o fim dessa política de demissões”, ressalta.

O diretor Ubiratan Campos do Amaral evidencia a precariedade no atendimento bancário, forçando os clientes a procurarem serviços terceirizados como casas lotéricas, autoatendimento e outros tipos de convênios. “Essas ações levam o banqueiro demitir ainda mais profissionais e aumentar o seu lucro. Em 2008 erámos 104 mil colaboradores, sendo que atualmente somos 96 mil. Somente no primeiro semestre de ano, o Itaú cresceu 15% a mais que o mesmo período de 2011”, enfatiza.

O diretor ressalta ainda que o setor da economia que mais lucra é o banco e que o Itaú é o mais resistente à politica do governo em reduzir taxas para beneficiar a população.

Além disso, a manifestação fez questão de ressaltar a rotatividade, o assédio moral, as metas abusivas, as condições precárias de saúde, segurança e trabalho, e a terceirização.

Um boletim especial do Sindicato dos Bancários de Piracicaba e Região foi distribuído aos bancários e à população, para denunciar a falta de responsabilidade social do banco que mais lucra no Brasil.



Jogo feio da rotatividade

Segundo dados do Dieese, o Itaú possuía 104.022 funcionários em março de 2011, diminuiu para 98.258 em dezembro e reduziu para 96.204 em março de 2012. Enquanto isso, outros bancos geraram empregos.


Conforme a Pesquisa do Emprego Bancário, elaborada trimestralmente pela Contraf-CUT e Dieese, com dados do Caged, os bancos estão mandando embora funcionários mais antigos com salários maiores e contratam novos pagando bem menos. A remuneração média dos admitidos foi de R$ 2.430,57 em 2011, enquanto que a dos desligados foi de R$ 4.110,26, uma diferença de 40,87%. No ano anterior, a diferença era de 37,60%.


 “Essa redução de postos de trabalho e da massa de salários comprova o jogo feio da rotatividade do Itaú. Em vez de dispensar trabalhadores, o banco deveria preservar os seus funcionários, criar empregos e contribuir para o crescimento econômico do país com desenvolvimento, distribuição de renda e inclusão social", aponta Abrahão. 


Fonte: Sindicato dos Bancários de Piracicaba e Região

 

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