Entre os debates estão a quitação de horas e o parcelamento de dívida por antecipação de auxílio-doença
A Coordenação de Organização dos Empregados (COE) do Itaú reuniu-se com representantes do banco, na última quarta-feira (9). O encontro ocorreu presencialmente e avançou em temas como quitação do banco de horas, teletrabalho e ponto eletrônico, parcelamento de dívidas e Programa Remuneração e Bolsa Educação.
O banco apresentou um balanço sobre o acordo de quitação de horas assinado com 123 entidades sindicais, que cobrem cerca de 56 mil funcionários. entre elas, a Federação dos Bancários dos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul (Feeb SP/MS). O acordo também foi assinado com a Fetec-SP, Feeb BA/SE, Federa-RJ e Fetrafi-RJ (esta, parcial). Com relação às demais federações, que ainda não possuem acordo, o banco apresentou proposta para um piloto de seis meses a ser assinado juntamente com o acordo de teletrabalho. A proposta será avaliada pelas entidades sindicais até o final de novembro.
Teletrabalho
Com relação ao teletrabalho, representantes dos funcionários apresentaram uma proposta que prioriza o emprego à distância para pais e mães com filhos pequenos e funcionários com mobilidade reduzida. “É uma medida ainda a ser estudada e adaptada para áreas que não estão atuando com trabalho remoto”, explica Walmir Gomes, representante da Federação dos Bancários dos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul.
Custos
O valor dos custos será corrigido em cerca de 25%, sendo o novo valor a ser pago de R$ 100, mensalmente e não mais a cada semestre. “É um acordo positivo, uma vez que supera os benefícios da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT)”, explica o representante da Feeb SP/MS. A previsão era de que os custos seriam de R$ 86,40 e a exigência de, no mínimo, 50% de dias úteis trabalhados remotamente para o benefício. O valor será pago inclusive nos seis meses do projeto piloto.
A COE reivindicou, ainda, o desconto do percentual referente ao vale transporte. “Cobramos do banco para que o valor seja calculado apenas sobre os dias trabalhados presencialmente, e não mais sobre o mês completo”, destaca.
Parcelamento de dívidas
O parcelamento das dívidas relacionadas à antecipação do auxílio-doença ainda está em debate entre as entidades sindicais, que não alcançaram um consenso. Embora o banco tenha manifestado preferência por um acordo de âmbito nacional, afirmou que aceitará acordos em separado.
As entidades que já concordaram com a minuta apresentada, assinarão ainda neste mês acordo que prevê limite de 30% de retenção das verbas para o pagamento da dívida. A COE também reivindicou que o pagamento seja iniciado em 60 dias, e não em 30, como propõe o banco. As entidades que seguem sem assinar têm até o fim de fevereiro de 2023 para debater suas propostas, mas mantêm a chance de aderir ao acordo assinado.
PCR e bolsa-educação
A proposta dos trabalhadores foi para renovar o acordo da Participação Complementar de Resultados (PCR), apenas com correção do valor. O mesmo foi proposto para as bolsas de estudo, que atualmente são de R$ 499. Ao todo são 5,5 mil bolsas para primeira graduação, segunda graduação e pós-graduação (4,5 mil para bancários e 1 mil para funcionários da holding). No novo acordo, serão acrescentadas 47 novas bolsas. O tema será debatido dia 22, em reunião virtual.
De acordo com a representação da COE Itaú a reunião foi positiva e obteve avanços. Outros pontos ainda serão debatidos nos proximos encontros, entre eles, quitação das horas e pagamento das dívidas de auxílio-doença.
A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) encaminhará às entidades a minuta do acordo sobre a quitação das horas do teletrabalho (que deverá ser retornada até o fim de novembro) e do parcelamento das dívidas por antecipação do auxílio-doença (retorno até fevereiro de 2023). As entidades que já assinaram o acordo receberão a minuta para votação em assembleia, que ocorrerá em data ainda a ser definida pela Contraf-CUT.
Contraf Cut, com edição Feeb SP/MS
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