Entre as imposições estão redução de jornada, salário dos tesoureiros de oito para seis horas e pagamento do adicional de quebra de caixa apenas para empregados que não recebem gratificação de função
Membros da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) do banco estiveram reunidos nesta quinta-feira (28) com representantes do banco para mais uma rodada de negociação da mesa permanente da Caixa Econômica Federal. Na ocasião, o banco apresentou proposta de retomar as designações de funções de caixa e tesoureiro, conforme desdobramento do Grupo de Trabalho (GT) que tratou do tema, em rodada realizada no dia 22 passado.
Os representantes dos empregados pontuaram como um avanço o fato de a Caixa levar uma proposta para as reivindicações debatidas no âmbito do GT, a Comissão Executiva dos Empregados da instituição (CEE/Caixa), porém, avaliam que a necessidade de melhoria em diversos pontos.
O representante da Federação dos Bancários dos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul (Feeb SP/MS), Tesifon Quevedo Neto, considerou a necessidade da apresentação de dados quantitativos. “É importante que tenhamos acesso a informações relacionadas à quantidade de empregados que ocupam funções de caixa efetivo, tesouraria, e ainda, quantos estão designados por prazo, quantos exercem a atividade minuto, quantos estão em tempo integral e parcial, entre outros.”, questiona o representante.
Conforme proposto pelo banco, para os tesoureiros em específico, a previsão é de migração automática da jornada de 8 horas para 6 horas, com redução proporcional salarial, além da oferta de CCV/CCP (comissões de conciliação para acordos).
Já para o retorno das designações efetivas de caixa e tesoureiro, o banco propõe a negociação da parcela de quebra de caixa somente para aqueles que não recebiam gratificação da função. Previsto em normativo interno, o adicional foi extinto unilateralmente pela Caixa, prejudicando milhares de empregados que lidam com numerários. O banco oferece, ainda, a possibilidade de acordos via CCP/CCV àqueles que não têm ação na justiça cobrando o pagamento da quebra de caixa.
A representação dos empregados se posicionou interessada no avanço das negociações, porém, irredutível à abertura dos direitos dos colegas. De acordo com a Caixa, será feita uma análise das considerações gerais dos representantes dos trabalhadores e o banco dará retorno na próxima negociação.
Demandas reforçadas
No início da reunião, a CEE reforçou cobranças em relação aos problemas que os empregados vêm enfrentando e a necessidade de mesas de negociação a curtíssimo prazo desses temas, entre eles, Teletrabalho, Minha Trajetória, Metas, entre outras demandas. A CEE enfatizou a urgência da necessidade de tratar de tais temas e da construção de respostas que sejam boas para ambos os lados.
A reunião contou com a presença do vice-presidente da Caixa, Sérgio Mendonça. “Apesar das divergências foi uma conversa produtiva. Nada que não possa ser considerado por parte da representação da Caixa. Temos mais pontos de convergência do que de divergência”, disse Mendonça.
Fonte: CEE Caixa, com edições Feeb SP/MS
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