BB se limita em apresentar esboço do plano de comissões com jornada de 6h

23.01.2013

O Banco do Brasil apenas apresentou as premissas do plano de comissões com jornada de 6h, durante reunião com a representação sindical realizada nesta terça-feira (22/01), em Brasília, quando se pretendia retomar o processo de negociação permanente. Para justificar a ausência do projeto completo, o BB alegou que teve que prestar esclarecimentos aos órgãos governamentais […]

O Banco do Brasil apenas apresentou as premissas do plano de comissões com jornada de 6h, durante reunião com a representação sindical realizada nesta terça-feira (22/01), em Brasília, quando se pretendia retomar o processo de negociação permanente. Para justificar a ausência do projeto completo, o BB alegou que teve que prestar esclarecimentos aos órgãos governamentais ‘em cima da hora’. “Trata-se, na verdade, de puro desrespeito aos representantes dos trabalhadores e, por extensão, a todos os funcionários. O movimento sindical aguarda a abertura do debate sobre o novo plano desde o encerramento da Campanha Nacional de 2012. Inclusive, em dezembro último, a Contraf solicitou reunião específica. Porém, o BB demonstrou, mais uma vez, sua estratégia de não negociar com seriedade”, avalia o secretário-geral da Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul (Feeb-SP/MS), Jeferson Boava, que participou da reunião. O banco também informou que irá migrar todos os funcionários que não estiverem no público alvo das funções de 6 horas automaticamente na manhã de segunda-feira, 28.

Premissas do plano

– Assegura que os bancários não terão prejuízo;

– Haverá regras sobre o que é o trabalho do comissionado de 6 e 8 horas;

– Manterá funções com a jornada de 8 horas;

– A adesão será voluntária para o público-alvo das funções de 6 horas;

– A adesão não será voluntária onde o BB entende ser “cargo de confiança”;

– As funções do plano antigo que viraram funções de 6 horas serão extintas;

– Em relação ao passado, passivo trabalhista, a questão poderá será tratada de forma extrajudicial nas bases onde houver Comissão de Conciliação Voluntária (CCV);

– O BB afirma que não irá alterar as dotações porque haverá mais "eficiência operacional";

– O plano terá um período de acompanhamento para ver a necessidade de ajustes;

– Haverá uma central de atendimento interna para esclarecer dúvidas nos casos particulares dos funcionários;

– O BB está mudando todo o quadro de funções, inclusive naquelas que entende ser de 8 horas. Todas as funções terão descrição específica. O Banco migrará automaticamente os comissionados de 8 horas para as novas nomenclaturas, que terão seis dias para dar o 'de acordo'. Aqueles que não quiserem migrar, serão descomissionados;

– Sobre a Ditec, o Banco informou que também haverá reestruturação. A Ditec terá um incremento de 230 cargos, sendo 150 de níveis gerenciais, trazendo oportunidades de encarreiramento;

– O Banco reafirmou que não vai negociar a jornada de trabalho do plano e as funções;

Como se pode concluir, o BB vai tentar implantar o novo plano “goela abaixo”, como buscou fazer, por exemplo, com a compensação dos dias parados, na greve de setembro último. A Feeb-SP/MS orienta que os funcionários avaliem o novo plano, o impacto em sua carreira antes de tomar qualquer decisão, “Os funcionários ‘migrados’ terão prazo de seis dias para aceitar, sob ameaça de descomissionamento. O que é um absurdo, inaceitável. É fundamental que os funcionários tenham o tempo necessário para analisar as mudanças em sua carreira”, frisa o representante da Feeb-SP/MS, Jeferson Boava. Segundo ele, a Comissão de Empresa volta a se reunir com o BB nesta segunda-feira, dia 28, ocasião em que o Banco promete apresentar a versão completa do novo plano.

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