A União Geral dos Trabalhadores (UGT), numa ação conjunta com as demais centrais sindicais esteve, na tarde desta terça-feira (21), na Câmara do Deputados para uma reunião com Rodrigo Maia, presidente da casa.
O encontro teve como foco as discussões em torno das reformas trabalhista e previdenciária. “Essas medidas propostas são muito danosas para a população e para os trabalhadores, principalmente porque a reforma trabalhista acaba com a organização da classe trabalhadora. Creio que nenhum deputado queira ter no seu currículo a estigma de ter acabado com os sindicatos, creio que não é essa a ideia”, questionou Roberto Santiago, vice-presidente da UGT nacional.
Santiago ressaltou também que, no dia 15 de março, o conjunto das centrais sindicais realizará um dia de paralisação em repúdio as propostas de reforma apresentadas pelo governo. “Não é uma afronta, mas além dessa ação das centrais, estamos organizando também diversas manifestações no domicílio eleitoral dos deputados, para ninguém esquecer que ano 2018 é ano eleitoral”.
Isaú Chacon, presidente da UGT-DF, defendeu que o tema em questão é muito delicado, então requer debate com a sociedade, levantando a necessidade da realização de audiências públicas nos Estados e Municípios. “Se não for assim não é democracia, é imposição”, enfatizou.
O deputado Rodrigo Maia ouviu todas as solicitações e se compromete a não tramitar os projetos de forma célere, pois ele acredita que, por sua importância, é preciso que haja um amplo debate sobre a questão.
A situação dos Trabalhadores rurais foi muito abordada, uma vez que, na ânsia de aprovar a Reforma da Previdência, nos argumentos do governo os trabalhadores rurais são os vilões responsáveis pela suposta quebra do sistema previdenciário nacional.
Os sindicalistas enfatizaram que os rurais entraram no sistema previdenciário com a constituição de 88 e de maneira assistencialista, como uma forma de combater a miséria no campo é o êxodo rural.
Maia, indagado sobre a dificuldade que representantes das centrais estão tendo para acompanhar as plenárias no Congresso, falou que irá solicitar que seja feito um cadastro para que até 10 representantes de cada central possam ter acesso a casa.
O deputado Silvio Costa, ressaltou que não votará a favor e nem apresentará emenda as reformas porque, por exemplo, a reforma previdenciária encontra resistência na própria base aliada, então se as centrais ou os movimentos sociais apresentam contra proposta é a desculpa que a base governista quer para aprovar todos esses projetos.
“É preciso lutar para derrubar essas reformas e não tentar fazer alterações”, explicou o deputado.
Por Fábio Ramalho – Imprensa UGT
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