
Dia 25 de Julho é o Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha. A data marca a luta da mulher negra pela inclusão nos espaços de poder, contra a violência que a atinge em maior número e contra o preconceito de raça e gênero, entre outros desafios.
Segundo o último censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 49,5% das mulheres brasileiras se consideram pretas e pardas.
Dados
De acordo com os dados do Ministério da Saúde, a mortalidade materna na mulher negra tem aumentado nos últimos anos, ao contrário do observado na média da brasileira. Cerca de 60% dos óbitos maternos registrados no país são de pretas ou pardas (segundo dados preliminares de 2013 da CGAIE/SVS/MS). O principal motivo de morte materna entre mulheres negras (pardas e pretas) é a hipertensão, seguida de hemorragia.
A hemorragia causa o maior número de mortes maternas. Quando se compara o número de mulheres brancas mortas entre 2000 e 2012, nota-se uma redução de 34,04% (141 casos notificados para 93). Em relação às mulheres negras, houve aumento de 6,32 % (de 190 para 202 casos) no mesmo período.
Saúde Sexual e Reprodutiva
As mulheres negras que nunca fizeram exames preventivos de colo de útero são em maior número – 18,2% das mulheres pardas e 17,5% das mulheres pretas, em idade fértil, não fizeram nenhum exame. Elas são as que menos têm acesso a contraceptivos – somente 44,2% das negras utilizaram algum método nos 12 últimos meses. As mulheres negras também representam 70% das mulheres gestantes do país. No caso de abortos espontâneos, 18,9% são mulheres negras.
Educação
Quando se fala de educação, as mulheres tem aumento a matrícula nos cursos de ensino médio. As mulheres negras também têm acompanhado essa tendência com um aumento no número de matriculas. Passando de um pouco mais de 700 mil em 2007 para mais de 1400 milhão em 2013.
Violência contra as mulheres
Em 2016, a Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 recebeu 140 mil relatos de violência. Desse total, 60,53% das vítimas são mulheres declaradas negras (pretas e pardas).
O Mapa da Violência 2015, elaborado pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso), aponta um aumento de 54% em dez anos no número de mortes violentas de mulheres negras, passando de 1.864, em 2003, para 2.875, em 2013. No mesmo período, a quantidade anual de mortes violentas de mulheres brancas caiu 9,8%, saindo de 1.747 em 2003 para 1.576 em 2013.
“Como podemos ver pelos números apresentados, ainda existe uma longa jornada a ser cumprida pelas mulheres, em especial as negras, para alcançarem uma equidade no campo dos direitos econômicos e sociais. E por isso, temos que intensificar nossa luta para que possamos atingir esses objetivos”, afirmou a Secretária da Diversidade Humana da UGT, Ana Cristina dos Santos Duarte.
Fonte: UGT
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