BB bate novo recorde de lucro, mas se distancia de função pública

11.11.2022

Em governos anteriores, banco apresentou lucros consideráveis, sem deixar de cumprir função pública, o que não ocorreu nos últimos anos O Banco do Brasil voltou a bater recorde semestral de lucro. De julho a setembro, o lucro líquido foi de R$ 8,4 bilhões, aumento de 62,7% em relação ao mesmo período de 2021. Nos nove […]

O Banco do Brasil voltou a bater recorde semestral de lucro. De julho a setembro, o lucro líquido foi de R$ 8,4 bilhões, aumento de 62,7% em relação ao mesmo período de 2021. Nos nove meses de 2022, o lucro líquido ajustado do BB atingiu R$ 22,72 bilhões, crescimento de 50,9% em relação ao período imediatamente anterior.

Para os representantes da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB (CEBB), o desempenho positivo é importante, pois diz respeito à saúde da entidade. Mas os lucros astronômicos reforçam a destituição do caráter público do BB.

Dividendos

Junto com o anúncio do resultado trimestral, que aconteceu nesta quarta-feira (9) após fechamento do mercado, o BB informou ter aprovado a distribuição de mais de R$ 486,6 milhões a título de remuneração aos acionistas sob a forma de dividendos e mais de R$ 1,8 bilhão sob a forma de Juros sobre Capital Próprio (JCP), ambos relativos ao terceiro trimestre de 2022.

Emprego e agências

As demonstrações financeiras do BB no trimestre registram também o aumento de 117 postos de trabalho no terceiro trimestre do ano e 1.361 em 12 meses, além da redução de oito agências no período.

Confira aqui os destaques completos do balanço, apontados pela equipe da Subseção do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Banco de investimento

Durante um discurso realizado nesta quinta-feira (10), para parlamentares e partidos aliados, no auditório do CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), sede do governo de transição, Lula voltou a falar do papel das empresas públicas para retomada do desenvolvimento.

“Nosso compromisso é muito simples: é reconstruir esse país”, afirmou. “A democracia está de volta, a civilidade está de volta. Esse povo vai ser ouvido, esse povo vai ter o direito de dar palpite naquilo que temos de fazer”, salientou. “Quero dizer para vocês que as empresas públicas brasileiras serão respeitadas. A Petrobras não vai ser fatiada. Quero dizer que o Banco do Brasil não vai ser privatizado, a Caixa Econômica [também não]”, afirmou. “E o BNDES, o BRB (Banco Nacional de Brasília) e o Basa (Banco da Amazônia) voltarão a ser banco de investimento, banco de investimento inclusive para pequenos e médios empreendedores.”

Fonte: Contraf CUT

Notícias Relacionadas

Itaú: Feeb SP/MS participa de manifestações contra o Assédio, Adoecimento e Demissões

Nesta quinta-feira (07), agências do Itaú em todo o país foram palco de manifestações realizadas por sindicatos dos bancários. O Objetivo foi levar ao conhecimento público as demissões em massa, fechamento de agências e cobranças abusivas de metas realizadas pelo Itaú. Reginaldo Breda, secretário geral da Federação dos Bancários dos Estados de São Paulo e […]

Leia mais

Aprovado Aditivo ao Acordo Coletivo de Trabalho do Saúde Caixa com Maioria dos Votos dos Sindicatos

Empregados ativos, aposentados e pensionistas titulares do Saúde Caixa tiveram uma decisão importante na última terça-feira (5), em assembleias organizadas por sindicatos bancários de todo o Brasil. O aditivo ao Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) do plano de saúde foi aprovado por 73,6% dos sindicatos que participaram. No cômputo geral, 51,6% dos votantes se posicionaram […]

Leia mais

BB: Justiça confirma liminar que impede extinção e mantém pagamento da função de caixa

Vitória do movimento sindical: Justiça avalia como ilegal alteração na forma de remuneração dos caixas A juíza Audrey Choucair Vaz, da 16ª Vara do Trabalho de Brasília, confirmou a liminar que impede o Banco do Brasil de extinguir a função de caixa. A decisão mantém o pagamento de gratificação e sua incorporação aos salários para […]

Leia mais

Sindicatos filiados