Abertura de agências é unanimidade entre prefeitos de cidades não atendidas pelo BB

11.09.2015

Os prefeitos que compuseram a mesa de discussões Maria Fernandes Vilar (de Américo de Campos), João Ernesto Nicoletti (Catiguá), Luiz Rogante Júnior (Dourado), Alexandre Toríbio (Itobi), Vanderci Novelli (Santa Albertina) e Ricardo da Silva Sobrinho (Santo Antônio da Alegria), foram unânimes na defesa da necessidade de abertura de agências do banco do Brasil em suas […]

Os prefeitos que compuseram a mesa de discussões Maria Fernandes Vilar (de Américo de Campos), João Ernesto Nicoletti (Catiguá), Luiz Rogante Júnior (Dourado), Alexandre Toríbio (Itobi), Vanderci Novelli (Santa Albertina) e Ricardo da Silva Sobrinho (Santo Antônio da Alegria), foram unânimes na defesa da necessidade de abertura de agências do banco do Brasil em suas respectivas cidades. O posicionamento foi declarado durante a reunião realizada nesta quinta-feira (10), pelo Presidente da Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul (FEEB-SP/MS), deputado Davi Zaia, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo – ALESP.

A reivindicação é antiga para a população de algumas cidades e seus gestores públicos, que relataram iniciativas para conquistar uma agência do banco, sem sucesso até o momento.

O contingente de funcionários públicos municipais, o acesso a programas sociais estaduais e federais e também de linhas de créditos voltadas para o desenvolvimento da agricultura local, como o FEAP (Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista), programa estadual que atende produtores rurais, pescadores, cooperativas e associações em diversas cidades do interior do estado, assim como, o desenvolvimento local de forma geral estão entre os principais fatores da relevância da reivindicação.

O prefeito de Dourado, Luiz Rogante Júnior relatou uma situação bastante comum entre os municípios que não possuem agência do BB e confirmada pelos prefeitos que falaram na sequência: enquanto Dourado não possui agência, a cidade vizinha, Ribeirão Bonito, conta com duas unidades. Em Itobi, a situação é parecida. O prefeito, Alexandre Toríbio reivindica uma agência do Banco do Brasil desde 2009.

“No meu município a agência do BB não tem caixa é apenas um escritório de negócios. Possui bons resultados, mas não atende as necessidades da população, os servidores públicos, ficam desassistidos. A prefeitura, inclusive, quando da instalação do banco na cidade, se comprometeu a transferir a folha de pagamento para o BB para estimular esta vinda. O Santander fez um comunicado e abandonou a cidade em 30 dias e ficamos numa situação difícil. No ano passado, o BB assumiu um compromisso de que instalaria uma agência no nosso município este ano. Estamos confiantes de que irão manter o compromisso com Santo Antonio da Alegria. Comprometi-me, inclusive a ceder um prédio da prefeitura para a instalação da agência, mas a justificativa é que o investimento em tecnologia para instalação do banco é muito alta. Para nós abertura de uma agência na cidade é de fundamental importância”, declarou o prefeito Ricardo Sobrinho.

O intuito da iniciativa também é reforçar o trabalho que já vem sendo feito em muitas destas cidades, destacou o deputado, que recebeu do presidente da Câmara Municipal de Eldorado abaixo-assinado realizado junto à população, que pede a abertura de uma agência na cidade.

O parlamentar mencionou também a solicitação enviada ao Ministério da Fazenda, para que emita uma determinação ao BB exigindo que o mesmo número de agências fechadas no processo de incorporação sejam abertas em municípios que ainda não dispõem de atendimento do banco, ou ainda, que a unidade fechada possa ser reaberta em um novo local, quando for do interesse da população. É o caso de Cordeirópolis. A cidade é cortada por uma rodovia e possui duas agências bancárias muito próximas. A reivindicação é o fechamento de uma delas para abertura em novo local, do outro lado da rodovia, o que facilita o dia-a-dia da população.

“O país está passando por um momento de dificuldade, que se agrava com a perda do grau de investimento, mas para os bancos o cenário não é tão ruim, pois apesar da crise continuam batendo recordes de lucratividade e até cresceram no último trimestre. Não irão perder dinheiro, muito pelo contrário. Com juros altos, a margem de lucro dos bancos tende a aumentar. Por isso, achamos que existe espaço para que o banco possa fazer uma política de ampliação de sua rede e atender melhor a população do estado de São Paulo”, concluiu.

O parlamentar informou ainda que após esta reunião irá conversar também com o secretário da Fazenda e solicitando, inclusive o apoio do governador, Geraldo Alckmin para a causa.

“O BB é o banco oficial do Estado de São Paulo e administra as contas e fundos do Governo do Estado que possui um orçamento de mais R$200 bilhões. É muito dinheiro sendo movimentado nas contas do banco, portanto, acredito que a reivindicação merece a atenção por parte da diretoria e uma contrapartida seria atender a população destas cidades”, defende.

O diretor do Banco do Brasil no estado foi convidado a participar da reunião, mas o deputado foi informado de que o diretor estaria impossibilitado de comparecer à reunião na data e não enviou representantes. De acordo com Zaia, o banco será procurado novamente para discutir o assunto.

Além dos prefeitos, participaram da reunião o vice-prefeito de Boraceia, Di Pica-Pau, o Presidente da Câmara de Cordeirópolis, Davi Bertanha, de Eldorado, Sérgio Silveira, de Guariba Marcos Henrique Osti, de Itobi Maurício Gabriel de Andrade, e de Santo Antônio da Alegria, os vereadores José Ulisses de Azevedo (Licinho) e Elder Luis de Almeida, de Santo Antônio da Alegria, Claudinei José de Oliveira (Nei), de Salesópolis, o diretor Cido Roveroni e o secretário geral da FEEB-SP/MS, Jeferson Boava, que também compuseram a mesa.

Representantes dos sindicatos da base da Federação: Campinas, Franca, Marília, Piracicaba, Santos, São José dos Campos, São José do Rio Preto, Ribeirão Preto, Tupã e Votuporanga compareceram à reunião buscando fortalecer a iniciativa que objetiva minimizar o impacto para os trabalhadores bancários e também para a população, do fechamento de 75 agências no Estado de São Paulo a partir de novembro, conforme anunciado pelo banco no final de julho deste ano.

 Histórico

No fim de julho, o Banco do Brasil anunciou processo de fusão, que irá fechar 87 unidades nos estados de São Paulo e Santa Catarina (75 delas, em São Paulo), a partir de novembro deste ano. A justificativa apresentada pelo banco foi que estudos apontaram a necessidade de fusão em algumas agências, devido à sobreposição, agências que se encontram muito próximas entre si. Em São Paulo, a situação decorre do período no qual o banco Nossa Caixa foi incorporado pelo BB.
 

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