Adesão dos bancários de Piracicaba e Região à greve é maior no segundo dia

21.09.2013

O segundo dia de greve nacional dos bancários ganhou ainda mais força e em Piracicaba e Região a adesão foi maior. O objetivo de manter as principais agências dos cinco maiores bancos com número insuficiente de funcionários para sua abertura ao público foi mantido nesta sexta-feira, 20, porém o resultado foi ainda melhor, já que […]

O segundo dia de greve nacional dos bancários ganhou ainda mais força e em Piracicaba e Região a adesão foi maior. O objetivo de manter as principais agências dos cinco maiores bancos com número insuficiente de funcionários para sua abertura ao público foi mantido nesta sexta-feira, 20, porém o resultado foi ainda melhor, já que outras três agências não abriram as portas por adesão espontânea dos bancários.

“O atendimento aos clientes era a maior preocupação do movimento, que deixou à disposição 64 agências para que os clientes realizassem os seus serviços”, afirmou o presidente do SINDBAN (Sindicato dos Bancários de Piracicaba e Região) e vereador, José Antonio Fernandes Paiva.

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A mobilização foi muito forte no primeiro dia e, segundo Paiva, a meta estabelecida foi superada, já que no segundo dia a adesão foi ampliada. Os funcionários da agência do Banco do Brasil Prudente e do Santander da XV aderiram espontaneamente à paralisação e não trabalharam. Outro fato que mereceu destaque foi à paralisação do sexto banco em Piracicaba: o HSBC. Os bancários também aderiram à greve e a agência não abriu. Além disso, houve crescimento de paralisações em algumas cidades da base: São Pedro, Rio das Pedras, Capivari, Santa Bárbara do Oeste, Cerquilho, Conchas e Tietê.

“Com a realização de movimentos fortes, como o de ontem e de hoje, em todo Brasil, temos a expectativa de que retornaremos à mesa de negociação na semana que vem para que esse processo de paralisação seja encerrado”, finalizou Paiva.

ATOS PÚBLICOS – Os bancários se organizaram e, com o apoio dos funcionários dos Correios, realizaram um Ato Público no período da manhã em frente à agência do Bradesco do Centro. O objetivo era unir forças dos trabalhadores que estão lutando por melhores condições de trabalho, salários justos e benefícios, já que o lucro registrado pelos bancos e dos Correios suportaria esses avanços nas campanhas salarias das categorias.

Uma assembleia informativa foi organizada no início da tarde em frente ao Banco do Brasil do Centro, onde o presidente do SINDBAN contou a história da luta bancária bem como o funcionamento da Campanha Salarial, chegando a organização da greve.

No mesmo dia, os bancários se uniram ao Sindicato dos Metalúrgicos de Piracicaba em um ato no largo do Mercado Municipal. A categoria está em Campanha Salarial e os trabalhadores decidiram unir forças, mais uma vez.

CIDADE DE DEUS – Durante todo o dia aconteceram importantes concentrações em todo país. A de maior relevância foi na Cidade de Deus, onde existe a maior concentração de trabalhadores do ramo financeiro em São Paulo, Osasco e região. O centro administrativo, do Bradesco, em Osasco, possui cerca de dez mil funcionários entre bancários e terceirizados.

“Com as paralisações que ocorreram hoje em grandes centros existe uma grande expectativa de que os bancos procurem o Comando Nacional ainda nesse final de semana e uma nova assembleia foi marcada para segunda-feira, 23, às 9h, na Praça José Bonifácio, em Piracicaba”, finalizou Paiva.

CASA, CAIXA E BRIGADEIRO – Além da Cidade de Deus, também foram paralisadas várias outras concentrações, como o centro administrativo Casa 2, do Santander, na zona sul de São Paulo, onde há cerca de 1,4 mil trabalhadores entre bancários e terceirizados das empresas Produban, Isban e do grupo Web Motors, responsável por venda de produtos. No mesmo condomínio empresarial funciona o setor Rodea, da Caixa Federal, onde os empregados cruzaram os braços.

Outra concentração parada foi a do Centro Administrativo Brigadeiro, do Itaú, na Avenida Brigadeiro Luis Antonio. Lá houve denúncias de pressão por contingenciamento. Na região, registra-se também paralisações em todo o corredor da Paulista.

Texto: Michelle Bottin/Fotos: Elison Godoy Ferreira

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