
Em assembleias realizadas nesta segunda segunda-feira, 7, os bancários rejeitaram a proposta da Fenaban de reajuste de 7,1% e decidiram continuar a greve, que nesta segunda fechou 11.717 agências no país, sendo 1.813 na base da Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul (Feeb SP/MS).
A paralisação, que entra no 20º dia nesta terça, é a maior dos últimos 20 anos e continua por tempo indeterminado até que os bancos atendam aos principais anseios da categoria, que reivindica valorização dos salários, melhores condições de trabalho, segurança contra assaltos e sequestros, fim das demissões, mais contratações, igualdade de oportunidades, entre outras coisas. “Na última sexta-feira, quando a Fenaban ofereceu aumento real de apenas 0,97%, o Comando já havia rejeitado por considerar insuficiente e enviado carta aos bancos cobrando proposta que, de fato, atenda às reivindicações econômicas e sociais da categoria”, explica o representante da Feeb SP/MS no Comando, Cido Roveroni.
Cido completa que os bancos tiveram lucros bilionários no primeiro semestre desse ano e têm condições de melhorar a proposta.
Sindicatos que realizaram assembleia hoje e aprovaram a continuidade da greve: Andradina, Araçatuba, Campinas, Guaratinguetá, Lins, Marília, Naviraí, Piracicaba, Presidente Venceslau, Ponta Porã, Ribeirão Preto, Rio Claro, Santos, São José dos Campos, Rio Preto, Sorocaba, Três Lagoas, Tupã e Votuporanga.
Realizam assembleia amanhã: Jaú e São Carlos.
A PROPOSTA DOS BANCOS
Reajuste: 7,1% (0,97% de aumento real).
Pisos: Reajuste de 7,5% (ganho real de 1,34%).
– Piso de portaria após 90 dias: R$ 1.138,38.
– Piso de escriturário após 90 dias: R$ 1.632,93.
– Piso de caixa após 90 dias: R$ 2.209,01 (que inclui R$ 391,13 de gratificação de caixa e R$ 184,95 de outras verbas).
PLR regra básica: 90% do salário mais valor fixo de R$ 1.694,00 (reajuste de 10%), limitado a R$ 9.011,76.
PLR parcela adicional: 2% do lucro líquido distribuídos linearmente, limitado a R$ 3.388,00 (10% de reajuste).
Auxílio-refeição: de R$ 21,46 para R$ 22,98 por dia.
Cesta-alimentação: de R$ 367,92 para R$ 394,04.
13ª cesta-alimentação: de R$ 367,92 para R$ 394,04.
Auxílio-creche/babá: de R$ 306,21 para R$ 327,95 (para filhos até 71 meses). E de R$ 261,95 para R$ 280,55.
Adiantamento emergencial – Não devolução do adiantamento emergencial de salário para os afastados que recebem alta do INSS e são considerados inaptos pelo médico do trabalho em caso de recurso administrativo não aceito pelo INSS.
Prevenção de conflitos no ambiente de trabalho – Redução do prazo de 60 para 45 dias para resposta dos bancos às denúncias encaminhadas pelos sindicatos, além de reunião específica com a Fenaban para discutir aprimoramento do programa.
Adoecimento de bancários – Constituição de grupo de trabalho, com nível político e técnico, para analisar as causas dos afastamentos.
Inovações tecnológicas – Realização, em data a ser definida, de um Seminário sobre Tendências da Tecnologia no Cenário Bancário Mundial.
AS PRINCIPAIS REIVINDICAÇÕES DOS BANCÁRIOS
> Reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real além da inflação).
> PLR: três salários mais R$ 5.553,15.
> Piso: R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese).
> Auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional).
> Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários.
> Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho, além da aplicação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas.
> Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.
> Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós-graduação.
> Prevenção contra assaltos e sequestros, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.
> Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de negros e negras.
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