
A Fenaban concorda em manter os salários dos bancários afastados que aguardam perícia médica, até à regularização junto ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A aceitação dessa proposta da categoria foi manifestada durante a terceira rodada de negociação com o Comando Nacional, ontem (15/8) em São Paulo, que retomou a pauta pendente da segunda rodada (saúde e condições de trabalho), ocorrida no último dia 8.
Para o secretário-geral da Federação dos Bancários de SP e MS, Jeferson Boava, que participou da rodada, a retirada dos bancários afastados do chamado “limbo” representa um avanço. “Muitos bancários recebem a alta programada do INSS, porém são considerados inaptos no exame de retorno ao trabalho. Resultado: não recebem benefícios e nem salários. A manutenção dos salários até que a situação seja regularizada junto ao INSS representa um passo à frente”. Segundo ele, o Comando reivindicou também a permanência da remuneração dos afastados após o retorno ao trabalho, evitando assim a redução salarial e a perda de função comissionada. A Fenaban não concordou; alega que, se o funcionário mudou de função, não pode continuar comissionado. “O que é uma injustiça. Afinal, os bancários afastados não optaram em adoecer; foram vítimas do processo de trabalho”, frisa Jeferson.
Outra proposta debatida foi a garantia de intervalo de 10 minutos a cada 50 minutos trabalhados nos casos que exijam movimentos repetitivos, como os caixas e as funções que requerem cálculo, contagem de dinheiro e leitura digital de documentos, garantindo que não ocorra aumento da jornada trabalhada. A Fenaban, no entanto, não aceita a pausa para os caixas. Para os bancos o intervalo só se justifica na digitação e call center; porém, manifestaram disposição em fazer uma análise técnica na mesa temática de Saúde sobre as funções mais atingida pelas LER/Dort, ao final da Campanha Nacional. No que se refere ao direito do funcionário marcar consulta médica durante o horário de trabalho, quando for preciso, a Fenaban não aceita.
Cipa: eleição
A Fenaban discordou da proposta de eleição direta de todos os integrantes das Cipas (Comissão Interna de Prevenção de Acidente). O atual modelo (metade indicada pelos bancos), segundo a Fenaban, atende as partes. “O que não é verdade. A interferência dos bancos no processo é visível”, destaca o secretário-geral da FEEB-SP/MS.
Rodadas suspensas
A terceira rodada, bem como a quarta que seria realizada hoje (16/8) foram suspensas a pedido do Comando, após ser informado da morte do ex-dirigente sindical Manoel Castaño Blanco, conhecido por Manolo, marido da assessora jurídica da Contraf-CUT, Deborah Regina Rocco Castaño Blanco.
Rodada dia 21
O processo de negociação será retomado na próxima terça-feira, dia 21. Na pauta, segurança bancária, igualdade de oportunidades e remuneração.
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