Bancários aderem à greve e fecham agências no Centro de Ribeirão Preto

20.09.2013

Os bancários de Ribeirão Preto (SP) aderiram à greve nacional da categoria iniciada nesta quinta-feira (19) em todo o país. Às 11h, segundo o sindicato da categoria na cidade, 130 agências localizadas no Centro, na Vila Tibério e na Avenida Nove de Julho foram fechadas. A expectativa do sindicato é que 1,5 mil funcionários cruzem […]

Os bancários de Ribeirão Preto (SP) aderiram à greve nacional da categoria iniciada nesta quinta-feira (19) em todo o país. Às 11h, segundo o sindicato da categoria na cidade, 130 agências localizadas no Centro, na Vila Tibério e na Avenida Nove de Julho foram fechadas. A expectativa do sindicato é que 1,5 mil funcionários cruzem os braços no primeiro dia de paralisação. As principais agências afetadas pertencem aos bancos Santander, HSBC, Itaú, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil. Em nota, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) lamentou a paralisação.

A categoria reivindica reajuste salarial de 11,93%, sendo 5% de aumento real, mais a inflação do período. Os bancários também exigem Participação nos Lucros e Resultado (PLR) de três salários mais R$ 5.553,15 e piso de R$ 2.860. “Não é um cálculo que fizemos sem base. Todos os bancos cresceram pelo menos 5% no último ano. Nada mais justo que repassem para nós, que estamos à frente”, disse a secretária geral do sindicato, Bartira Lemasson.

Das agências fechadas em Ribeirão Preto, o sindicato abriu exceção para o atendimento de idosos nas agências do Itaú, já que para esta quinta-feira estava prevista a entrega de cartões do INSS a aposentados. Segundo os sindicalistas, um funcionário do caixa recebe um aposentado por vez para a retirada do documento. Outro bancário foi liberado para auxiliar o atendimento nos caixas eletrônicos. “A gente respeita a população idosa e entende que as pessoas não podem ser prejudicadas pela greve”, diz Adriane Moscardin, diretora do sindicato.

A implantação do Programa de Prevenção de Conflitos no Ambiente de Trabalho/Assédio Moral, que estabelece mais dispositivos de seguranças nas agências e já era reclamada pelos trabalhadores na greve em 2012, também volta à pauta de discussão. “Eles alegam que estão investindo em segurança, mas é mentira. Exemplo disso é o número crescente de furtos e explosões de caixas eletrônicos”, afirmou Bartira.

Durante a greve, serviços como empréstimos, transferências entre agências diferentes, saques de valores altos e pagamentos de contas acima de R$ 5 mil serão suspensos. As demais atividades podem ser feitas pela internet, em caixas eletrônicos ou lotéricas.

Federação dos bancos

Em nota, a Fenaban lamentou a posição dos sindicatos devido aos transtornos à população, já que alega que mantém negociações diretas durante todo o ano com os funcionários. A federação reiterou que a maioria das agências e todos os canais alternativos, físicos (autoatendimento, correspondentes) e eletrônicos, vão continuar funcionando normalmente.
De acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), a proposta da Fenaban é de reajuste de 6,1% (inflação do período pelo INPC) sobre salários, pisos e todas as verbas salariais (auxílio-refeição, cesta-alimentação, auxílio-creche/babá etc). A proposta e de PLR de 90% do salário mais valor fixo de R$ 1.633,94, limitado a R$ 8.927,61 (o que significa reajuste de 6,1% sobre os valores da PLR do ano passado), além de parcela adicional da PLR de 2% do lucro líquido dividido linearmente a todos os bancários, limitado a R$ 3.267,88.

Opções de pagamento

O diretor do Procon em Ribeirão Preto, Paulo Garde, alertou que os consumidores não podem deixar de pagar contas e dívidas, sob justificativa de os bancários estarem em greve. Garde orienta os clientes a procurar as empresas prestadoras de serviço e solicitar alternativas que facilitem a quitação dos débitos, como casas lotéricas, internet, depósito bancário, entre outros.

"Mesmo que o banco esteja fechado, não exime o consumidor de respeitar as datas nos boletos. É preciso ligar para o fornecedor e negociar, procurar alternativas. Em último caso, munido de documentos que comprovem as tentativas de pagamento, podem procurar pelo Procon", afirmou.

Fonte: G1 Ribeirão e Franca. 

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