Bancários de Santos lançam revista em sessão da Comissão da Verdade

11.04.2014

Nesta sexta-feira, 11/4, faz 50 anos da intervenção no Sindicato dos Bancários de Santos e Região pelos golpistas em 1964. Para marcar a data, a diretoria da entidade realiza sessão da Comissão Nacional da Verdade (CNV), às 19h, na sede do Sindicato (Av. Washington Luiz, 140, Santos/SP), com a presença do Coordenador Nacional do GT […]

Nesta sexta-feira, 11/4, faz 50 anos da intervenção no Sindicato dos Bancários de Santos e Região pelos golpistas em 1964. Para marcar a data, a diretoria da entidade realiza sessão da Comissão Nacional da Verdade (CNV), às 19h, na sede do Sindicato (Av. Washington Luiz, 140, Santos/SP), com a presença do Coordenador Nacional do GT dos Trabalhadores da Comissão Nacional da Verdade, Sebastião Neto e Ivan Seixas (ex-preso político torturado na Ditadura). Seixas integra a Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos no golpe militar e a Comissão da Verdade/SP.

Na ocasião, também será lançada a revista: A “perigosa” unidade dos trabalhadores na “Moscou Brasileira”, que aborda a organização dos trabalhadores no Fórum Sindical de Debates, o Navio Prisão Raul Soares e como a ditadura atingiu a categoria perseguindo-a de 1944 até 1976.

Comissão da Verdade – A Comissão Nacional da Verdade pretende examinar e esclarecer violações de direitos humanos ocorridas entre 1946 e 1988, período que abarca a Ditadura Militar (1964-1985). Sua criação foi aprovada após muita polêmica na Câmara dos Deputados no dia 21 de setembro de 2011 e teve sua primeira reunião no dia 16 de maio de 2012.

Ivan Seixas – É integrante da Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos e da Comissão Estadual da Verdade.

Seixas foi preso com o pai, Joaquim, em 1971, quando tinha 16 anos de idade. Joaquim, mecânico, era militante do Movimento Revolucionário Tiradentes (MRT). Foi morto sob tortura, pela Operação Bandeirante. Financiada por empresários paulistas, a OBAN abrigou o mais famoso centro de torturas do Brasil, na rua Tutóia, bairro do Paraíso, em São Paulo.

A morte de Joaquim foi noticiada em primeira página pelo jornal paulistano Folha da Tarde, do grupo Folha. O jornal foi entregue pela família Frias a gente ligada ao regime. Dizia-se que tinha a maior “tiragem”, não pelo número de exemplares impressos, mas pelo grande número de “tiras”em seus quadros.

A notícia da Folha da Tarde dizia que Joaquim tinha sido morto depois de resistir à prisão.

Ivan Seixas viu a notícia da morte do pai estampada na manchete do jornal. Ele tinha sido tirado da sede da OBAN para uma simulação de fuzilamento, perto do Parque do Estado. Viu o jornal pendurado em uma banca de jornal, quando os policiais pararam numa padaria para tomar café.

Só que, ao voltar à OBAN, Ivan viu o pai, ainda vivo, na sala de torturas.

Sebastião Neto – É da coordenação nacional do GT dos Trabalhadores da Comissão Nacional da Verdade, metalúrgico preso pela Ditadura.

Fonte: Sindicato dos Bancários de Santos

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