
A superintendência do Banco do Brasil na Av. Paulista, em São Paulo, foi paralisada nesta sexta-feira, dia 13, por bancários de diversas regiões do Estado de São Paulo, incluido Baixada Santista (representados pelo Sindicato dos Bancários de Santos e Região), na luta contra as terceirizações. As centrais sindicais também engrossaram o ato.
A paralisação foi uma forma de alertar funcionários do banco e a população sobre este mecanismo (terceirizar o trabalho) usado pelo banco para precarizar as condições de trabalho dentro da instituição. A ação resultou no agendamento de uma reunião para debater o problema. Segundo os dirigentes sindicais, funções no setor contábil e de monitoramento dos terminais de autoatendimento são executados por terceirizados.
O processo acontece por meio de uma subsidiária e já houve o anúncio da ampliação do uso de trabalhadores da empresa para a área de crédito imobiliário. O esquema usado no Banco do Brasil é uma amostra do que acontecerá se for aprovado o Projeto de Lei 4330, o Projeto das terceirizações.
A proposta visa escancarar o uso de trabalhadores terceirizados em diversos setores e reduzir direitos. Segundo dados do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), quem trabalha em firmas terceirizadas recebe salário 27% menor que o contratado direto; Tem jornada semanal de 3 horas a mais; permanece 2,6 anos a menos no emprego do que um trabalhador contratado diretamente; a rotatividade é maior – 44,9% entre os terceirizados, contra 22% dos diretamente contratados; a cada 10 acidentes de trabalho, oito acontecem entre os trabalhadores terceirizados.
Ainda segundo o Dieese, o número de óbitos no local de ofício é cinco vezes maior do que entre os contratados diretos, nos setores petrolífero e elétrico.
Durante o ato na Avenida Paulista, o banco se manifestou e marcou uma reunião com representantes da categoria. O encontro está previsto para segunda-feira (16) e debaterá algumas questões específicas do banco, além do PL 4330. "O ato cumpriu seu objetivo", ressaltou o presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região, Ricardo Saraiva Big.
Fonte: Sindicato dos Bnacários de Santos
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