
Nesta terça-feira, 06, os bancários de Santos paralisaram as atividades de 16 agências do Santander até às 11h50, em protesto contra o PL 4330 que, se aprovado, irá permitir a terceirização de qualquer serviço e precarizar as relações trabalhistas no país. A partir das 12h, a categoria vai se reunir na Praça Mauá, no centro da cidade, para realizar uma marcha e ato contra a terceirização. A marcha seguirá até o escritório da CIESP/FIESP, na rua XV de Novembro, e depois até a rua Brás Cubas, onde fica o escritório do Ministério Público do Trabalho em Santos.
As paralisações e manifestações acontecem em âmbito nacional e são denominadas de "ATO DE PROTESTO CONTRA TERCEIRIZAÇÃO – PL4330" , contra o substitutivo do deputado Artur Maia (PMDB-BA), relator do Projeto de Lei 4330/2004 do deputado Sandro Mabel (PMDB-GO), que regulamenta a terceirização no país segundo uma ótica eminentemente empresarial, que visa flexibilizar e reduzir direitos trabalhistas garantidos na CLT e na Constituição Federal.
“Vamos paralisar mais uma vez as atividades nas unidades bancárias para sensibilizar e explicar à população e à categoria bancária o perigo que estão correndo, porque há uma diferenciação clara entre atividade-fim (que o bancário exerce) e atividade-meio (que outras categorias como vigilantes, faxineiras exercem dentro do banco). Pelo projeto, a terceirização atingirá todas as atividades das empresas privadas (bancos), estatais, de sociedade mista (BB e CEF) e do serviço público em geral. As chamadas atividades- fim (que são de responsabilidade dos bancários) serão transferidas para firmas terceirizadas. Se aprovado, milhões de trabalhadores perderão seus direitos e empregos, para serem contratados por firmas terceirizadas. Sabe-se que a média das jornadas entre os terceirizados extrapola as oito horas diárias e, ainda, é estendida para os sábados, domingos e feriados”, explica Ricardo Saraiva Big, Presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região e da coordenação nacional da Intersindical.
Eneida Kouy, da Secretaria Geral do Sindicato, completa que o PL 4330 atinge igualmente as categorias dos químicos, jornalistas, funcionários públicos, metalúrgicos, petroleiros, portuários, entre outras. “Com o PL os trabalhadores irão perder direitos contidos na CLT e terão seus salários diminuídos", finaliza Eneida.
Fonte: Feeb SP/MS, com o Sindicato dos Bancários de Santos e Região
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