
Os bancários do Itaú entregaram nesta quarta-feira, dia 15, a pauta de reivindicações específicas ao banco, em São Paulo. Seis itens compõem a minuta, construída no Encontro Nacional dos Funcionários do Itaú, realizado nos dias 2, 3 e 4 de abril deste ano: emprego, remuneração, saúde e condições de trabalho, previdência complementar, plano de saúde e relação com o movimento sindical.
Os dirigentes sindicais também cobraram dos representantes do banco a indicação de data para a realização de uma negociação internacional, envolvendo os sindicatos dos países onde o Itaú atua. O banco ficou de encaminhar sugestões de datas para a realização dessa reunião.
Os sindicalistas detalharam a pauta de reivindicações, dando ênfase à defesa do emprego. Cobraram o fim da eliminação de postos de trabalho, da rotatividade, dos processos de terceirização e do horário estendido nas agências, dentre outros pontos.
Sobre o tema "remuneração", destacou-se a necessidade de ampliar e redimensionar as bolsas do auxílio-educação, bem como de estender esse auxílio para a pós-graduação. Foi cobrado o parcelamento do adiantamento de férias, a negociação imediata sobre a PCR (Participação Complementar nos Resultados) e também sobre a remuneração variável praticada pelo banco por intermédio do programa Agir.
Saúde e condições de trabalho
A cobrança abusiva de metas retornou ao debate no tema "saúde e condições de trabalho", visto o alto grau de adoecimento, físico e mental, que tem acometido os bancários e bancárias do Itaú. Assim como a necessidade de negociar o processo de reabilitação profissional, o PCMSO (Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional), as questões que envolvem as pessoas com deficiência (PCDs), bem como segurança bancária, compõem esse bloco temático.
A previdência complementar para todos os trabalhadores e trabalhadoras do Itaú é a principal bandeira de luta desse tema. Sobre plano de saúde, o Comitê de Acompanhamento do Plano de Saúde (Caps) tem realizado reuniões, com o objetivo de melhorar a assistência médica e odontológica oferecida pelo banco. As reuniões sobre esse tema deverão ser retomadas assim que o banco fornecer as informações solicitadas pelo movimento sindical.
Relação com o movimento sindical – Sobre a relação do banco com o movimento sindical, deverá ser iniciado um debate que evite as formas de discriminação sofridas pelos dirigentes sindicais.
As rodadas de negociação serão definidas entre o banco e representação sindical nos próximos dias.
Reunião da COE
Pela manhã desta quarta, a COE do Itaú Unibanco se reuniu na sede da Contraf e analisou a campanha de valorização dos funcionários e finalizou a pauta entregue ao banco.
A campanha, que tem como mote uma paródia da música "Esse cara sou eu", também foi aprovada no Encontro Nacional e ganhou as ruas, denunciando a pressão pelo cumprimento de metas, o adoecimento dos funcionários e cobrando o fim das demissões.
O Itaú fechou 7.935 postos de trabalho somente no ano passado. Desde 2011, os cortes já chegam a 13.699 postos. Enquanto isso, o lucro líquido do Itaú em 2012 passou dos R$ 14 bilhões.
Em 2013, o banco lucrou R$ 3,5 bilhões no primeiro trimestre. Já o emprego foi reduzido ainda mais, com o corte de 708 postos de trabalho.
Fonte: Contraf
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