
Protestos ocorreram presencialmente nas agências e pela internet
Bancários do Santander, mobilizados pela Comissão de Organização dos Empregados (COE), realizaram nesta terça-feira (06), um Dia de Luta em protesto às decisões do banco espanhol, entre elas, a terceirização, a perda de direitos e mais recentemente a compensação de horas não trabalhadas nos dias dos jogos do Brasil na Copa 2022.
“É um absurdo o que o banco vem fazendo com os funcionários. As decisões simplesmente são tomadas e comunicadas, sem qualquer abertura para o diálogo. O banco tem passado por cima e desrespeitado, tanto seus funcionários, como a representação sindical”, destaca Patrícia Bassanin, representante da Federação dos Bancários dos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul (Feeb SP/MS).
Copa do mundo
Sobre a compensação de horas, representantes da COE Santander junto com sindicatos e federações reivindicaram por meio de ofício ao banco, a retirada da exigência. O banco espanhol, portanto, se manteve irredutível ao abono das horas e foi o único a exigir a compensação.
Terceirização
A terceirização dos funcionários tem sido outra luta enfrentada pelos empregados. Nos últimos dois anos, ao menos 9 mil trabalhadores deixaram de ser bancários dentro do Grupo Santander do Brasil.
O movimento sindical realizou no último mês uma Assembleia Nacional para ouvir a opinião dos funcionários quanto ao assunto. Durante a pesquisa, 98,31% dos trabalhadores responderam ser contra o processo de terceirização, que impõe perda de direitos.
“Hoje o dia de luta foi para dar um cartão amarelo ao Santander. Se o banco insistir no desrespeito vai levar cartão vermelho. Basta de fechamento de agências, demissões e processo de terceirização.”, destaca Patrícia
Feeb SP/MS
Sindicados filiados à Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul aderiram ao dia de luta e foram para as agências e unidades bancárias para informar e manifestar em defesa dos direitos do trabalhador. Os representantes e dirigentes sindicais também fizeram o uso das redes sociais para marcarem sua indignação às decisões do Banco.
“A agilidade, empenho e participação de todos fortalece a luta da representação sindical em defesa da categoria. Os direitos dos trabalhadores e decisões celebradas nas convenções e acordos não podem ser atravessadas. É preciso dialogar e ouvir os funcionários”, pontua David Zaia, presidente da Feeb SP/MS.
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