Bancários pressionam Fenaban a retomar negociações e fecham 1.767 agências na base nesta quinta

03.10.2013

Os 23 sindicatos filiados à Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul (Feeb SP/MS) paralisaram 1.767 agências nesta quinta-feira, dia 3, 15º da greve nacional da categoria. Os sindicatos vêm intensificando a greve dia-a-dia, para pressionar a Fenaban (Federação dos Bancos) a retomar as negociações.  Em reunião em São Paulo hoje, […]

Os 23 sindicatos filiados à Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul (Feeb SP/MS) paralisaram 1.767 agências nesta quinta-feira, dia 3, 15º da greve nacional da categoria. Os sindicatos vêm intensificando a greve dia-a-dia, para pressionar a Fenaban (Federação dos Bancos) a retomar as negociações. 

Em reunião em São Paulo hoje, o Comando – que representa um total de 143 sindicatos e 10 federações de todo país- decidiu orientar as entidades a intensificar ainda mais o movimento e faz plantão em São Paulo nesta sexta-feira, à disposição da Fenaban para retomar as negociações.

Os bancários reivindicam reajuste de 11,93% (aumento real de 5% mais a reposição da inflação do período), PLR de três salários mais R$ 5.553,15, piso de R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese), melhores condições de trabalho, fim das demissões e da rotatividade e mais contratações. A Fenaban, no entanto, ofereceu proposta de reajuste de 6,1%, que repõe somente a inflação do período pelo INPC e não atendeu às demais reivindicações.


Veja abaixo a evolução da greve na base e no país desde que foi deflagrada no dia 19 de setembro:

As principais reivindicações dos bancários

– Reajuste salarial de 11,93%: 5% de aumento real, além da inflação do período.

– PLR de três salários mais R$ 5.553,15.

– Piso de R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese).

– Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional).

– Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários.

– Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que permite que qualquer atividade seja terceirizada e precariza as condições de trabalho, além da aprovação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas.

– Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS): para todos os bancários.

– Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.

– Prevenção contra assaltos e sequestros, com fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.

– Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de trabalhadores afro-descendentes. 
 

Quantidade de agências fechadas na base por sindicato:

Andradina: 24
Araçatuba: 67
Campinas: 272
Corumbá: 7
Franca: 30
Guaratinguetá: 45
Jaú: 65
Lins: 23
Marília: 47
Naviraí: 11
Piracicaba: 62
Presidente Venceslau: 27
Ponta Porã: 14
Ribeirão Preto: 199
Rio Claro: 66
Santos: 204
São Carlos: 53
São José dos Campos: 111
São José do Rio Preto: 109
Sorocaba: 194
Três Lagoas: 18
Tupã: 67
Votuporanga: 52

Total – 1.767 

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