Banqueiros lucram R$ 59,7 bi em 1 ano, mas seguem sem oferecer reajuste decente para os bancários

30.09.2013

*Matéria atualizada no dia 01/10, às 20h, para corrigir o título. O correto é lucro de 59 bilhões. Nesta terça-feira, 01/10, a categoria bancária chega ao 13º dia de greve nacional e os bancos ignoram os trabalhadores e a população. A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), intransigente, não negocia e continua calada. Os banqueiros oferecem […]

*Matéria atualizada no dia 01/10, às 20h, para corrigir o título. O correto é lucro de 59 bilhões.

Nesta terça-feira, 01/10, a categoria bancária chega ao 13º dia de greve nacional e os bancos ignoram os trabalhadores e a população. A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), intransigente, não negocia e continua calada. Os banqueiros oferecem 6,1% de reajuste, um índice abaixo da inflação do período, sem aumento da PLR.

Os representantes dos banqueiros se atrevem a dar entrevistas de que os lucros não subiram tanto. Enquanto os números desmentem a versão dos patrões. O lucro líquido do setor atingiu o patamar de R$ 59,7 bilhões nos últimos 12 meses até junho de 2013. Este ano, o resultado promete ser melhor ainda, já que o lucro líquido dos seis maiores bancos (BB, Caixa, Itaú, Bradesco, Santander e HSBC) atingiu R$ 29,6 bilhões, com crescimento de 18,2% (primeiro semestre de 2013 em relação ao mesmo período de 2012).

Lucros aumentam com crise ou sem crise

Nem a crise internacional é pretexto: em setembro de 2008, auge dos problemas, o total de ativos de 156 bancos que entregaram balanços ao Banco Central do Brasil era de R$ 3,006 trilhões. Em junho deste ano, os ativos de 140 bancos – 16 desapareceram por conta das fusões no setor – alcançaram R$ 5,705 trilhões, salto de 89%. Assim, os ativos dos bancos no Brasil, que chegava a 100% do Produto Interno Bruto passou, em cinco anos, para 126% do PIB do país (levantamento da consultoria Austin Rating).

A economia brasileira também vai bem, principalmente se comparada ao mundo em crise: crescimento do Produto Interno Bruto de 1,5% no segundo trimestre do ano (um dos maiores do mundo), desemprego em queda – 6,1%, o menor da história – e avanço de 5,8% no rendimento médio dos trabalhadores (dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, Pnad 2012, do IBGE).

Paralisações continuam fortes

As paralisações nas cidades de Santos, São Vicente, Cubatão, Guarujá e Praia Grande continuam com 90% das agências bancárias fechadas. Em Mongaguá, Itanhaém, Peruíbe e Bertioga 70% dos bancários cruzaram os braços, por tempo indeterminado. “Estimamos que mais de 3.600 bancários participam da greve, de um total de 4.500 na Baixada Santista. Dos 270 pontos de atendimento (entre agências e PABs) cerca de 210 estão paralisados”, contabiliza Big.

As reivindicações dos bancários

> Reajuste salarial de 11,93%.

> PLR: três salários mais R$ 5.553,15.

> Piso: R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese).

> Auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional).

> Melhores condições de trabalho, com o fim das metas e do assédio moral que adoece os bancários.

> Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho, além da aplicação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas.

> Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

> Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós-graduação.

> Prevenção contra assaltos e sequestros, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.

> Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de negros e negras.

Fonte: Imprensa do Sindicato dos Bancários de Santos
 

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